O Palácio Araguaia e a oposição dividiram a Assembleia meio a meio com as eleições desse domingo, 7, graças um fenômeno que marcou as disputas estaduais deste ano: a não exigência de apoio casado entre os candidatos de uma mesma coligação. Assim, de partidos aliados diretamente a ele, o governador Mauro Carlesse (PHS) conseguiu a eleição de oito parlamentares. No entanto, outros três conquistaram vagas com as legendas compondo grupos da oposição.
É o caso da atual presidente da Assembleia, Luana Ribeiro, e do deputado Olyntho Neto. O partido dos dois, o PSDB, se aliou à coligação do candidato Carlos Amastha (PSB).
Outro caso foi o da vereadora de Palmas Vanda Monteiro, cujo partido, o PSL, do candidato a governador César Simoni, fez uma chapinha com siglas do Palácio — PMB / PRP / PMN.
Assim, para garantir maioria, o governo terá que conquistar o apoio de deputados da oposição até fevereiro.
Esse fenômeno ocorreu também no sentido inverso. O vereador de Palmas Júnior Geo foi eleito deputado estadual pelo Pros, mas o partido presidido no Estado pela deputada federal Josi Nunes, compunha a base do Palácio. Geo apoiou a candidatura de Márlon Reis (Rede).
Partidos
O MDB terá a maior bancada, com cinco deputados, seguido do Solidariedade (SD), com três; PSDB, PT e PV, cada um com dois parlamentares; e com um as seguintes legendas: PHS, DEM, PP, PSL, PTC, PPS, PPL, PR e Pros.
O MDB aumentou duas vagas, já quem em 2014 elegeu três deputados. O SD perdeu uma cadeira em relação há quatro anos, quando fez quatro cadeiras. O PT elegeu três nas últimas eleições e agora fez dois, perdendo, portanto, uma vaga. O PSDB elegeu apenas Olyntho em 2014, e agora os tucanos conseguiram mais uma vaga. O PR conseguiu duas vagas há quatro anos e agora apenas uma.
A bancada governista será composta por Léo Barbosa (SD), Vilmar de Oliveira (SD); Cleiton Cardoso (PTC), Amélio Cayres (SD), Toinho Andrade (PHS), Eduardo do Dertins (PPS), Eduardo Siqueira Campos (DEM), Valderez Castelo Branco (PP), Ivory de Lira (PPL), Olyntho Neto (PSDB), Luana Ribeiro (PSDB) e Vanda Monteiro (PSL).
Coligação ligada a Carlos Amastha (PSB), a “Renova Tocantins” também fez sete deputados. O grupo elegeu Jair Farias (MDB), Nilton Franco (MDB), Ricardo Ayres (PSB), Elenil da Penha (MDB), Valdemar Junior (MDB), Jorge Frederico (MDB) e Fabion Gomes (PR).
Os aliados de Márlon elegeram cinco parlamentares: Issam Saado (PV); Amália Santana (PT); Zé Roberto (PT), Júnior Geo (Pros) e a ex-vice-governadora Cláudia Lelis (PV).
Dos eleitos, apenas Ricardo Ayres é intrinsecamente ligado a Carlos Amastha, os demais eleitos – com exceção a Jorge Frederico e Jair Farias – fizeram campanha sem lembrar do cabeça de chapa.
ELEITOS NO GRUPO DE CARLESSE
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- Léo Barbosa (SD) | Governista
- Vilmar de Oliveira (SD) | Governista
- Cleiton Cardoso (PTC) | Governista
- Amelio Cayres (SD) | Governista
- Luana Ribeiro (PSDB) | Governista
- Toinho Andrade (PHS) | Governista
- Eduardo do Dertins (PPS) | Governista
- Olyntho Neto (PSDB) | Governista
- Eduardo Siqueira Campos (DEM) | Governista
- Valderez Castelo Branco (PP) | Governista
- Vanda Monteiro (PSL) | Oposição
- Ivory de Lira (PPL) | Governista
ELEITOS NO GRUPO DE AMASTHA
- Jair Farias (MDB) | Oposição
- Nilton Franco (MDB) | Oposição
- Ricardo Ayres (PSB); | Oposição
- Elenil da Penha (MDB) | Oposição
- Valdemar Junior (MDB) | Oposição
- Jorge Frederico (MDB) | Oposição
- Fabion Gomes (PR) | Oposição
ELEITOS NO GRUPO DE MÁRLON
- Amália Santana (PT) | Oposição
- Júnior Geo (Pros) | Oposição
- Zé Roberto (PT) | Oposição
- Issam (PV) | Oposição
- Cláudia Lelis (PV) | Oposição