A Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) afirmou em nota na manhã deste sábado, 17, que as exonerações dos 12 delegados regionais de Polícia nessa sexta-feira, 16, foi de natureza administrativa e “em nada altera a rotina em seus trabalhos de investigação”. “Pois todos prosseguem exercendo integralmente suas atividades, sem qualquer interferência de cunho político que possa atrapalhar ou direcionar o resultado dos trabalhos”, disse a nota.
Conforme a Secom, o governo “refuta qualquer tentativa de desvirtuamento do foco de suas medidas, que visam unicamente a redução de despesas e equilíbrio das contas públicas”. No entanto, a nota não explicou o motivo da demissão dos delegados, se as delegacias regionais serão extintas ou se serão nomeados novos titulares; ainda se apenas vai trocar os delegados regionais, quais os motivos para isso.
“Reiteramos que todas essas medidas, incluindo a redução drástica de cargos comissionados, fazem parte do plano de governo da atual gestão e são necessárias para reorganização da administração pública, com o objetivo de implantar um novo modelo de gestão, mais enxuto. O governo seguirá firme no propósito de reenquadramento em uma nova roupagem de economicidade e que, ao mesmo tempo, ofereça melhor eficiência ao cidadão que necessita dos serviços do Estado”, afirmou o documento.
Tanto Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Tocantins (Sindepol/TO), quanto os delegados da Regional de Araguaína defendem que o motivo da exoneração de Bruno Boaventura foi por perseguição política. Para eles, o fato de a exoneração ter ocorrido na semana da operação que teve como alvo o ex-juiz eleitoral João Olinto Garcia de Oliveira, pai do deputado estadual e líder do governo na Assembleia, Olyntho Neto (PSDB), “demonstra a inequívoca ingerência política nas ações da Polícia Civil”.
Confira a seguir a íntegra da nota:
“O Governo do Estado do Tocantins informa que prossegue realizando medidas para redução de despesas visando o equilíbrio das contas públicas, o enquadramento do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a ascensão para avaliação B, da Secretaria do Tesouro Nacional.
Para isso, foram implementadas medidas como a redução de gastos com diárias, combustível, energia elétrica e passagens, além de outras despesas desta natureza.
Desde o início da gestão, uma prioridade vem sendo a redução de gasto com pessoal, já tendo obtido, em pouco tempo, uma redução de mais de 3% somente no segundo quadrimestre do ano.
A partir dessa sexta-feira, 16, o Governo do Estado dá início a mais uma etapa do cumprimento destas medidas, visando a redução de gastos. E de acordo com às determinações da LRF, passa a publicar a diminuição do número de servidores ocupantes de cargos em comissão, funções comissionadas e contratos temporários, sem prejuízo às atividades desenvolvidas de atendimento à população.
Sobre a decisão administrativa de desligamento dos delegados de polícia de cargos em comissão, também de natureza administrativa, em nada altera a rotina dos mesmos em seus trabalhos de investigação, pois todos prosseguem exercendo integralmente suas atividades, sem qualquer interferência de cunho político que possa atrapalhar ou direcionar o resultado dos trabalhos. O Governo do Estado refuta qualquer tentativa de desvirtuamento do foco de suas medidas, que visam unicamente a redução de despesas e equilíbrio das contas públicas.
Reiteramos que todas essas medidas, incluindo a redução drástica de cargos comissionados, fazem parte do plano de governo da atual gestão e são necessárias para reorganização da administração pública, com o objetivo de implantar um novo modelo de gestão, mais enxuto. O Governo seguirá firme no propósito de reenquadramento em uma nova roupagem de economicidade e que, ao mesmo tempo, ofereça melhor eficiência ao cidadão que necessita dos serviços do Estado.
Secretaria de Estado da Comunicação Social
Governo do Tocantins”