O candidato da coligação “É a Vez dos Tocantinenses”, Vicentinho Alves (PR), se reúne com lideranças nesta segunda-feira, 4, e terça-feira, 5, para definir a campanha do segundo turno da eleição suplementar do Tocantins e já articula novas adesões. Uma novidade já anunciada foi a contratação da Agência Public, responsável pela campanha do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB) no primeiro turno. A coligação “Governo de Atitude”, Mauro Carlesse (PHS) disse que vai seguir a mesma linha adotada desde o início de sua candidatura: a defesa da estabilidade do Estado. Foi o que informou ao CT, o marqueteiro da campanha do governador interino, o publicitário João Neto.
“Vamos ampliar ainda mais nossa postura de que agora o governo precisa de estabilidade, precisa parar um pouco de troca de governador para poder manter uma linha de crescimento e desenvolvimento. Ainda mais porque a gente percebeu que é possível fazer”, salientou o ex-secretário de Comunicação.
A intenção de Carlesse, de acordo com o publicitário, é caminhar todo o Estado durante essas três semanas que antecedem o segundo turno, que está previsto para ocorrer no dia 24 de junho. O objetivo é fazer com que os tocantinenses conheçam o governador interino e suas propostas.
“O que nós percebemos é que onde as pessoas conheceram o Mauro, ele teve bons resultados. Então, nós temos que intensificar agora nesses próximos dias de campanha, fazer com que ele ande, ande muito. Onde o Mauro não foi, ele tem que visitar, tem que ser visto, tem que ser percebido”, pontuou.
Eleição do presente
João Neto destacou que esta não é uma eleição para se discutir o futuro do Tocantins, mas sim o presente. Segundo ele, o futuro do Estado deve entrar em debate somente no pleito de outubro. “A única obrigação desse governo que vai entrar para ficar pelos próximos seis meses é dar um estado de tranquilidade, para que a partir do ano que vem, o governador faça o Estado se desenvolver e crescer”, defendeu.
Debate
Questionado se o humanista vai participar de algum debate, já que seu adversário Vicentinho Alves após o resultado afirmou que espera que ele não “corra” do enfrentamento – o publicitário respondeu que isso vai depender da agenda de campanha. Conforme ele, a ausência de Carlesse no debate realizado pela TV Anhanguera, no dia 31 de maio, não foi proposital.
“A questão é logística porque nós temos uma agenda pronta e a decisão de um debate não está pronta. Se já estivesse definido, a gente daria prioridade em incluir o debate na agenda. Mas nós não podemos mudar um planejamento de um mês inteiro por conta do debate”, alegou, reiterando que se a data do evento coincidir com a visita a municípios próximos a Palmas, Carlesse estará presente.
Vicentinho Alves
Procurada pelo CT, para também falar sobre a campanha do senador Vicentinho Alves para o segundo turno, a assessoria do candidato informou que, nestas segunda-feira e terça-feiras, ele estará em reunião com colaboradores, coordenação e marketing para definir a agenda e articular apoios.
Entre uma reunião e outra, o republicano aproveitou para realizar ligações de agradecimentos as lideranças. De acordo com a assessoria, ele tem recebido muitas adesões que em breve serão anunciadas. Já a agenda da semana deve ser divulgada nesta terça pela manhã.
Uma novidade anunciada foi a contratação da Agência Public, responsável pelas candidaturas de Amastha desde 2012.
Resultado
Após a apuração de todas as urnas, Carlesse e Vicentinho foram confirmados como os protagonistas do segundo turno desta eleição suplementar. Candidato mais votado, o gestor humanista atingiu 174.275 votos, chegando a 30,31% dos votos válidos. Já o congressista recebeu 127.758 votos, ou 22,22% dos válidos. Carlos Amastha (PSB) amargou a terceira colocação e ficou de fora da nova rodada [123.103, 21,41% dos votos válidos].
A senadora Kátia Abreu (PDT) aparece na quarta posição [90.033 votos, 15,66% dos válidos], seguida por Márlon Reis (Rede) – [56.952 votos, 9,91% dos válidos] – e Mário Lúcio Avelar (Psol) – [3.862 votos]. Entretanto, a votação do socialista apareceu como nula, apesar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) alegar desatualização e garantir que sua votação seria contabilizada. O empresário Marcos Souza (PRTB) ficou na última colocação [2.794 votos, 0,49% dos válidos].