Candidato na eleição suplementar, o governador interino Mauro Carlesse (PHS) retomou o discurso da “estabilidade” para defender a sua eleição no dia 24 deste mês, data do segundo turno. Apesar de ressaltar esta necessidade, o gestor humanista criticou a postura dos “adversários” que, segundo alega, tentam “engessar o governo”. “Quem está preocupado com o Estado está nos ajudando. O Tocantins precisa superar esse momento difícil. Agora é uma gestão de transição”, comentou.
Mauro Carlesse destaca que essa eleição suplementar é para um mandato de apenas seis meses e que neste momento o Executivo precisa atender as demandas mais urgentes. “Toda ação do governo depende da estabilidade. O que mais prejudicou o Tocantins nos últimos anos foi a falta de projetos, de planejamento e as muitas trocas de governo em pouco tempo. Isso causa insegurança jurídica. O Tocantins não aguenta mais isso”, avaliou.
“Não sou de fazer promessas, sou de trabalhar. E nossas ações visam manter a economia do Estado funcionando, retomando obras, pagando os servidores e os fornecedores em dia. Realizando as cirurgias nas pessoas que estavam esperando há quase quatro anos, renegociando dívidas, resgatando a credibilidade do Estado”, acrescentou o interino.
Adversários tentam engessar
Carlesse afirma que ao assumir no final de abril, encontrou uma dívida de quase R$ 1,4 bilhão, assim, determinou a redução de despesas. “Temos enfrentado a ação de nossos adversários que tentam a todo custo engessar o governo, para vender uma situação de caos que eles mesmos criaram”, disse o interino, reforçando que o grupo do seu antecessor, o ex-governador Marcelo Miranda (MDB), que foi cassado, está com o senador Vicentinho Alves (PR).
“Estamos atacando os problemas do Estado, enquanto os adversários insistem em nos atacar. Mas os tocantinenses já compreenderam isso e a resposta a gente vê nas ruas com o apoio do povo ao projeto de estabilidade”, acrescentou.
Apesar de interino, Carlesse disse que projetos de desenvolvimento virão a médio e longo prazos, e serão consequência do trabalho realizado neste momento. “Com o Estado estabilizado vai ser possível desenvolver projetos para a retomada do crescimento. Mas para isso, temos que equilibrar as contas, reduzir as despesas do Estado, pagar os fornecedores e captar recursos”, explicou. Um dos exemplos citados pelo gestor é a industrialização do setor agropecuário tocantinense.
“O Tocantins tem aumentado sua produção agrícola e pecuária, mas agora precisa industrializar o milho, a soja, a carne, etc. Temos um mercado nos seis estados que fazem divisa com o Tocantins, de cerca de 20 milhões de pessoas para consumir. Então, precisamos investir na infraestrutura, dar incentivos para os empresários que estão aqui investirem mais e também trazer indústrias que vão completar essa cadeia produtiva”, disse.
O interino também defende projetos de pavimentação para reforçar a agropecuária. “Vamos fazer os projetos para ligar o Tocantins com esses estados vizinhos, como a Transbananal (TO-500), melhorar a divisa com a Bahia, com o Pará, com o Maranhão. Precisamos duplicar a Belém-Brasília, asfaltar a BR-010 e fazer a Ferrovia Norte-Sul funcionar. Mas tudo isso só vai acontecer com a estabilidade”, encerrou.
Apoio de mais dois prefeitos
Candidato a vice-governador na chapa de Mauro Carlesse, o deputado estadual Wanderlei Barbosa (PHS) conseguiu a adesão de mais dois prefeitos à campanha da coligação “Governo de Atitude”: Weltman Veloso (PSD), de Tupiratins, Cleoman Correia (PR), de Itacajá. Lideranças políticas de Rio Sono e Tocantínia também declaram apoio.
Durante a reunião com as lideranças, Wanderlei Barbosa também enfatizou que a estabilidade é a única alternativa para crescimento do Estado. “Vamos todos juntos fazer um trabalho para que os tocantinenses continuem aprovando este governo que luta pela estabilidade do Estado”, comentou.
Na quarta-feira, 6, declararam apoio a Mauro Carlesse os prefeitos Ivan Paz (PRB), de Aguiarnópolis, Carlos Alberto Rodrigues da Silva (PP), de Carrasco Bonito, e Valber Saraiva (PSDC), de Ananás. Todos da região do Bico do Papagaio. (Com informações da Ascom)