Líder da bancada evangélica na Câmara, o deputado Eli Borges (PL) ganhou destaque no Correio Braziliense na terça-feira, 2, ao destacar a posição do grupo que representa contra o Projeto de Lei das Fake News. A liberdade de expressão religiosa seria a principal preocupação. “No Brasil tem muito mais cristofobia, bibliofobia do que de fato homofobia. Não estamos desrespeitando ninguém aqui, porque a igreja não desrespeita, ela acolhe. Mas ela tem na Bíblia seu manual de fé. Esse projeto, por mais que ele garanta essa liberdade de citar textos bíblicos, mas na exposição desses textos, alguns poderiam ter dificuldade de expressar seus pensamentos”, defendeu o tocantinense ao veículo.
INÍCIO DA DITADURA
O congressista avalia que a aprovação do projeto “é o início da implantação de uma ditadura no Brasil”. “Abra essa lei e você vai ver que nós não poderemos mais fazer críticas ao sistema eleitoral. Ora, por que não? Abra esta lei e os senhores vão ver que haverá alguma regulamentação da palavra dos parlamentares, que são livres pelo artigo 53º da Constituição Federal. Para nós isso tem nome: mordaça”, pontuou. Eli Borges também questiona a celeridade da pauta. “A quem interessa essa pressa? Se nós temos condições de mérito. Temos as comissões especiais que se abrem para ouvir a sociedade nos debates que ali ocorrem. Não é justo o parlamento brasileiro dar, sem maiores discussões, esse projeto para a sociedade”, argumentou.