O vereador Léo Barbosa (SD) criticou o posicionamento de colegas nas sessões extraordinárias da noite dessa terça-feira, 23, que aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018 de Palmas e disse que a Câmara se transformou em um “puxadinho” da prefeitura, “deixando de atender interesses da população para atender interesses do prefeito [Carlos] Amastha [PSB]“.
Léo destacou que o ano já começou com “as mesmas práticas do ano passado” e classificou as condutas de colegas como “um jogo sujo bancado pelo Executivo”, com contribuição da falta de personalidade de alguns vereadores da casa. O vereador também ressaltou que o presidente José do Lago Folha Filho (PSD) “não respeita a decisão do colegiado”.
O parlamentar de oposição lembrou que o Orçamento votado no ano passado não foi suficiente para a educação, apesar do índice de 30%, e que prova disso foi a situação dos professores, que paralisaram as atividades e chegaram a fazer greve de fome, por não falta de recursos para cumprir com as obrigações e compromissos estabelecidos em lei. Para 2018, o prefeito Amastha reduziu o montante da educação para 27%.
“Não estou falando de uma obrigação do prefeito Amastha, mas de todos os gestores desse país. Os 25% destinados à educação não são porque o Amastha é bom, e sim porque são limites mínimos constitucionais”, ressaltou.
Outra pasta que teve corte em relação a 2017 foi a da saúde, cuja destinação de verbas caiu de 17% para 15%. “Nós estamos tirando 2% que poderiam ser aplicados nas UPAS e nos postinhos. Estamos tirando da saúde e educação para colocar no remanejamento e para que aconteçam mais casos como o da Ises”, afirmou se referindo ao rombo de R$ 18,6 milhões nos contratos do município com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Instituto Sócio Educacional Solidariedade (Ises). (Com informações da Ascom)