O deputado estadual Paulo Mourão (PT) manteve a agenda de discursos da Tribuna da Assembleia Legislativa para sair em defesa da candidatura à presidência de Fernando Haddad (PT) e condenar a de Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas. Em pronunciamento na manhã desta quinta-feira, 25, o tocantinense questionou a postura e pronunciamento do adversário petista e exaltou o programa de governo do correligionário.
O deputado lembra que foi às duras penas que o Brasil conquistou, depois de um processo ditatorial, as liberdades civis e públicas neste País. “Foi com sofrimento de milhares de brasileiros que se constituiu o estado democrático de direito”, lembrou. “As esperanças que temos no amanhã não podem se confundir com medo, não podem ser aterrorizadas com ameaças, mas têm que ser fortalecidas e revitalizadas”, destacou. “É assim que se constrói uma grande nação, não se constrói fazendo ameaças, intimidando pessoas e desqualificando as minorias”, destacou o petista, fazendo referência a Bolsonaro.
Para o parlamentar não se faz gestão de um País da dimensão do Brasil, da heterogeneidade do seu povo, sem alguém com alto compromisso republicano. “Em defesa da sociedade, com políticas sociais estruturadas, para gerar emprego ao nosso povo, estímulo ao desenvolvimento sócio econômico, organização dos seus eixos intermodais e diálogo com o Congresso Nacional”, pontuou o deputado lembrando que Bolsonaro já declarou até que fecharia o Congresso Nacional.
Quanto às críticas que o Partido dos Trabalhadores recebe de alguns setores, ele reconhece que houve equívocos por parte do partido, mas quando se coloca na balança o que são conquistas da sociedade e o que são equívocos do partido, “as conquistas se sobrepõem, tanto em ordem nacional e internacional o reconhecimento do Brasil”.
Paulo Mourão pediu mais consciência na hora do voto e lembrou que Haddad implantou um regime de gestão, reconhecido internacionalmente, fazendo de São Paulo uma das únicas capitais da América Latina com reconhecimento das empresas de avaliação de risco. “Uma dívida de R$ 74 bilhões da cidade de São Paulo Haddad reduziu para R$ 25,7 bilhões, quem entende de gestão sabe que para fazer isso tem que ter muita capacidade, muito conhecimento, muito equilíbrio e muito diálogo com todas as instituições”, considerou.
Mourão observa que a população brasileira deve seguir a tendência da cidade de São Paulo, onde pesquisas mostram virada nas intenções de voto. “Isso é pensar no Brasil de amanhã. Nós só vamos fazer uma presidência voltar a olhar pelo povo mais carente e necessitado e fortalecer a economia, se nós tivermos um presidente que tenha a capacidade de ouvir, capacidade de dialogar, que tenha firmeza em suas decisões”, avaliou. “Um candidato que diz uma coisa hoje e para ganhar a simpatia fala outra amanhã não me representa”, garantiu.
Para Mourão, o Brasil precisa de um presidente que coloque como plano prioritário a educação. “O Brasil precisa fortalecer o processo da educação, qualificação pedagógica dos nossos professores, precisa que o governo federal assuma as escolas do ensino médio nos estados, precisamos fortalecer o vínculo com a formação e qualificação dos nossos jovens, fortalecer ciência e pesquisa, isso só se faz com alguém que defenda a educação”, asseverou. “Não se faz com ameaças, não se faz com aprisionamento, tolhindo liberdade”, pontuou Mourão.
Paulo Mourão encerrou o discurso chamando a atenção para raciocínio lógico que é apoiar a candidatura de Haddad. “Com este temos a segurança e assinamos em baixo que o Brasil será de todos e para todos, será construída uma nação através da educação, da erradicação da pobreza e da fome, com o fortalecimento do povo e geração de emprego para juventude”, finalizou.