O caso da perda de mandato do vereador Fernando Célio (PL) por condenação penal transitada em julgado – o que deve acontecer na noite desta segunda-feira, 29 – trouxe à tona o intenso embate entre situação e oposição em Bandeirantes do Tocantins. No município, o prefeito José Mário (Progressistas) está rompido com o vice Saulo Gonçalves (Cidadania). É deste último a ação que deve confirmar a cassação do parlamentar liberal, o que garantirá a reestruturação das forças na Casa de Leis em um momento delicado para oposicionistas.
OPOSIÇÃO ALEGA PERSEGUIÇÃO
Eleitos com o prefeito, mas agora na oposição, Ancelmo Matias (Progressistas) e Inácio Pinheiro (Progressistas) são alvos de uma comissão processante na Câmara. Os dois alegam que são perseguidos por José Mário pelas séries de denúncias que apresentaram contra a gestão e aliados ao Ministério Público (MPE), o que inclui o processo que resultou na condenação de Fernando Célio.
QUEBRA DE DECORO POR PEDIR
Ancelmo Matias e Inácio Pinheiro tornaram-se alvo de comissão processante no dia 26 de abril justamente por denunciarem José Mário. No dia 28 de março, os dois vereadores provocaram a Mesa Diretora para que fosse declarado vago o cargo de prefeito, isto porque o gestor teria se ausentado do município por mais de 15 dias para tratamento de quimioterapia no Hospital do Amor de Barretos sem pedir licença da Casa de Leis, justamente para não passar o comando para Saulo Gonçalves, alegam. Com a situação em maioria, o requerimento não apenas foi arquivado, como serviu de base para que ambos os oposicionistas respondessem processo por quebra de decoro parlamentar.
MUDANÇA DE CENÁRIO
Apesar do fator desfavorável, a mudança de cenário com a decisão judicial para cassar Fernando Célio (PL) dá confiança a Ancelmo Matias e Inácio Pinheiro de derrubarem o processo na própria Câmara, sem judicializar, isto porque o primeiro suplente, Wesley Rodrigues Tavares, o Curió (PL), é um aliado, que juntando-se com mais um oposicionista, Francisco Calácio (Cidadania), garante 4 das nove cadeiras, impedindo os dois terços necessários para a cassação. Compõe a base do prefeito: o presidente da Câmara, Adalto Nogueira (Cidadania), Beks Pimenta (Progressistas), Advaldo Pereira, o Iran (Progressistas) e Welker Carlos (Cidadania) e Railton Gonzaga, o Peixim (PL).