O procurador regional eleitoral Álvaro Manzano agora está pedindo a cassação do governador Mauro Carlesse (PHS) e de seu vice Wanderlei Barbosa (PHS) por conta da extinção dos mais de 15,7 mil contratos temporários. Manzano ingressou com uma nova representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), protocolada no domingo, 6, alegando que o ato de Carlesse no dia 1º “demonstra cabalmente” que todas as “condutas abusivas” praticadas por Carlesse e Wanderlei na eleição suplementar, como a contratação excessiva de servidores temporários “foram estendidas às eleições estaduais, desequilibrando o processo eleitoral a seu favor”. A informação é do Jornal do Tocantins.
Esse novo pedido da cassação dos mandatos e ainda de uma nova eleição se baseiam na acusação de que o governador e seu vice contrataram e mantiveram durante todo o processo eleitoral milhares de servidores temporários, tudo com a finalidade de obterem apoio eleitoral.
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Segundo o procurador, a contratação exagerada de servidores aliada às outras condutas abusivas praticadas nas eleições suplementares, influenciaram o pleito eleitoral tocantinense. “Para a procedência da ação, não é necessário o nexo direto entre a conduta e o resultado das eleições, mas apenas a gravidade intrínseca e o potencial desequilíbrio com ela provocado”, alega.
Ao jornal, a assessoria de imprensa do governador Mauro Carlesse afirmou que não vê sentido na representação proposta pelo procurador regional eleitoral Álvaro Manzano.
A assessoria argumentou que Carlesse cumpriu “estritamente as determinações da Justiça Eleitoral e também do Tribunal de Contas” e não praticou “nenhum ato que tenha infringido as leis eleitorais”.
O governador também ressalta que somente agora em janeiro, após o fim do período vedado pela Justiça Eleitoral, iniciou “o processo de reforma administrativa e enxugamento da máquina com a extinção de cargos temporários e comissionados em excesso”.
Primeira tentativa foi frustrada
Esta é a segunda tentativa de Manzano de cassar Carlesse e Wanderlei. A primeira foi com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) no TRE-TO, também sob a alegação de abusos que teriam sido cometidos na eleição suplementar.
Como essa ação não foi julgada em 2018, só entrará na pauta do TRE-TO neste ano. Ainda que condenados, Carlesse e Wanderlei estarão sujeitos apenas a inelegibilidade.
Assista vídeo em que o advogado Leandro Manzano explica a Aije da PRE contra o governador e o vice: