O fato de dois prefeitos tentarem viabilizar seus nomes na corrida sucessória fez com que as pré-campanhas no Tocantins fossem antecipadas. Ainda nos últimos meses do ano passado o movimento começou timidamente, mas ganhou extrema velocidade neste início de 2018.
Carlos Amastha (PSB) e Ronaldo Dimas (PR) se licenciaram dos cargos e começaram uma intensa movimentação pelo Estado. O prefeito de Araguaína diz que pretende percorrer todo o Tocantins em 30 dias e o de Palmas está reservando os finais de semanas para o contato com líderes e populares do interior. De terça a quinta-feira, o pessebista cumpre agenda em Brasília na presidência provisória da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).
Os dois estão vendo se seus nomes “pegam” de fato e, ao mesmo tempo, testam os vices no exercício do poder. Se decidirem se candidatar, ambos precisarão renunciar, em caráter irretratável, nos primeiros dias de abril. Ou seja, por ser uma decisão sem volta, precisa estar muito amadurecida.
A senadora Kátia Abreu (sem partido) já vem numa andança mais intensa desde 2017. Ela deve manter a agenda de reuniões e palestras até abril, prazo final para que decida em qual legenda vai se filiar. O governador Marcelo Miranda (MDB), no exercício do poder, está descansando e retorna ao cargo na semana que vem. Ele também vinha, sobretudo nos últimos 40 dias do ano passado, intensificando suas ações pelo Estado, e esse ritmo deve ser mantido até o final de março, quando avisou o partido que se pronunciará sobre sua candidatura à reeleição.
Ainda existe a forte movimentação do senador Ataídes Oliveira (PSDB), do ex-juiz Marlon Reis (Rede) e o presidente da Assembleia, Mauro Carlesse (PHS), lançará sua pré-candidatura no mês que vem. Ele também tem feito reuniões em várias regiões do Estado.
Toda essa agitação, normalmente, se vê a partir de maio, com a proximidade do período convencional, quando os pré-candidatos precisam conquistar aliados para se fortalecerem. Neste ano, a antecipação se deve ao fato de termos dois prefeitos fortes pré-candidatos no páreo. Ou seja, Amastha e Dimas estão ditando o ritmo da corrida sucessória.
A presença ou ausência deles na disputa pelo Palácio Araguaia definirão também o quadro das eleições a partir de abril. Até esse mês-limite, a briga é para ver quem convence os candidatos a aliados de que pode vencer em outubro.
Ou seja, neste primeiro momento, a composição de forças no entorno das pré-candidaturas é o mais importante. É o que vai determinar se Dimas e Amastha devem ou não renunciar ao mandato, se Marcelo deve ir à reeleição ou não e se Kátia tem condições ou não de ir para o enfrentamento. O mesmo vale para Ataídes, Marlon e Carlesse.
Em abril, portanto, o quadro sucessório de 2018 estará definido e as convenções de julho se tornarão mera formalidade.
CT, Palmas, 25 de janeiro de 2018.