O deputado estadual Júnior Geo viu-se filiado ao Podemos após o Partido Social Cristão (PSC) ter sido incorporado em junho deste ano. Com pretensão de disputar o Paço da Capital em 2024, o parlamentar perdeu a preferência da indicação para o ex-senador Eduardo Siqueira Campos, que chegou à sigla como pré-candidato a prefeito com o aval e apoio do presidente do diretório regional Tiago Dimas. Com este cenário, o político busca agora a saída da agremiação pelas vias judiciais, de forma a garantir a manutenção do mandato na Assembleia Legislativa (Aleto).
COMPOSIÇÃO DA DIREÇÃO
Tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma ação de Júnior Geo para a declaração de existência de justa causa para justificação de desfiliação. O parlamentar condena o fato da nova direção do Podemos não ter seguido a mesma composição distributiva deliberada pela executiva nacional no momento da incorporação, que previa 45% das cadeiras para membros do antigo PSC, o que não aconteceu. Nenhum ex-social cristão foi contemplado. O deputado estadual reforça não ter tomado ciência da reunião para definir a estrutura do novo órgão partidário, seja por convite formal, informal ou via edital.
INSUSTENTÁVEL
Júnior Geo destaca que este episódio é agravado pelo fato de ser o único parlamentar estadual da sigla no Tocantins, o que lhe torna uma “liderança natural da região no processo político”. O político acrescenta que esta exclusão segue ocorrendo, o que justifica a desfiliação. “Fica transparente a intenção de alijamento do processo político partidário em andamento, resultando no isolamento e impedimento do convívio com a agremiação, o que evidencia o desprestígio e a perseguição que afeta o requerente, e por consequência, se revela na discriminação velada, acentuando por inanição seu isolamento político partidário. Tornando insustentável sua continuidade no partido”, diz em trecho da ação.