A Câmara de Palmas recebeu na manhã dessa quinta-feira, 26, o secretário Daniel Borini Zemuner para a prestação de contas sobre as ações, serviços e dos programas do Sistema Único de Saúde (SUS) no 2º quadrimestre do ano. O principal dado da audiência pública apresentado foram que as despesas no período fecharam em mais de R$ 68 milhões, contra R$ 63 milhões de receitas, ou seja, um déficit de R$ 5 milhões.
Não fecha a conta
Milton Neris (PP) e Lúcio Campelo (PR) elogiaram o trabalho desenvolvido no período, porém, demonstraram preocupação com o orçamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). “Vocês são competentes para resolver, mas a saúde não fecha a conta, essa é a verdade. A prefeita [Cinthia Ribeiro, PSDB] tem que sentar com o pessoal da saúde e dar o aporte necessário”, afirmou o progressista.
Situação precária
Oposição ao Paço, Tiago Andrino (PSB) fez uma série de questionamentos ao secretário, citando falta de remédios e subutilização de máquinas de custo mensal altíssimo. “Estamos preocupados. Palmas já foi referência na saúde com 100% de cobertura no atendimento, o programa de Saúde da Família funcionava bem, não tínhamos problemas graves com remédios e as UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] funcionavam bem, não tinha reclamação. Hoje estão precárias”, criticou. Apesar da manifestação, o pessebista chegou a parabenizar Cinthia Ribeiro por alterar servidores após denúncia.
Regularizando pagamentos
Sobre as questões de orçamento, o secretário afirmou que, realmente, há despesas já realizadas que comprometem o orçamento atual. “O Tribunal de Contas exige que se faça um cronograma para pagamento dos prestadores e é assim que é feito. 2018 já pagamos praticamente tudo e este ano já regularizamos até abril. Também houve compromisso de remanejar recursos dentro do orçamento da Prefeitura para fecharmos o ano”, explicou.
Pessoal
Zemuner explicou que a questão de pessoal é mais complexa do que apenas o salário e que é necessário um cuidado maior por parte do governo federal. Sobre a falta de insumos e medicamentos, o secretário afirmou que isso se deve à licitação demorar mais do que o planejado. “Boa parte desses problemas já foram resolvidos. É histórico. Não queríamos que fosse assim. Fazemos o planejamento, mas nem sempre conseguimos executar, por exemplo, a licitação que estamos executando agora, iniciou no início do ano”, comentou.
Compromissos
Já a líder do governo, Laudecy Coimbra (SD) saiu em defesa da administração municipal. “Apesar de todas as dificuldades, a prefeita priorizou resgatar os compromissos e as dívidas do município com os servidores de Palmas. Sabemos que ainda tem coisas a serem feitas, mas ela está seguindo um cronograma e cumprindo o que foi anunciado”, afirmou a vereadora, que entre outras ações destacou a reinauguração da antiga policlínica.