Por meio de decreto, o presidente interino da Câmara de Lajeado, André Portilho (PRP), suspendeu por 11 dias a realização de sessão para eleger a nova Mesa Diretora. Único candidato até então, o vereador Oscar Alves (DEM), acredita que a medida tem como objetivo prejudicar sua pretensão. Por outro lado, a atual presidência argumenta que a medida deve-se pelo afastamento de Adão Tavares (PTN) e Emival Parente (PDT) do Legislativo.
A Justiça acolheu na segunda-feira, 10, o pedido do Ministério Público (MPE) e determinou o afastamento de Adão Tavares e Emival Parente da Câmara. Os dois estão envolvidos no caso da suposta renúncia de receita de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por parte do município. Entretanto, apenas um suplente do petenista, Manoel das Neves (Pros), tomou posse. Diante disto, André Portilho suspendeu a eleição da Mesa Diretora para garantir aos substitutos a possibilidade de participarem do processo.
O suplente de Emival Parente, Nilton Soares (PSD), desistiu de assumir a vaga no legislativo por também estar entre os citados na ação sobre a possível renúncia de receita de ICMS. Tal decisão abriu vaga para Eva Vieira (PSD), que ainda não foi diplomada e por isso não tomou posse. “Até o momento nós temos oito vereadores empossados, e para acontecer a eleição tem que ter todos os nove. Então teve que suspender a eleição para dar oportunidade e igualdade a todos de participar”, justificou André Portilho.
Segundo o presidente, Eva Vieira será convocada para tomar posse assim que for diplomada e partir daí uma nova data para a eleição da Mesa Diretora será definida. André Portilho diz que até estuda a possibilidade de realizar o pleito no mesmo dia em que a social democrata será empossada.
Quem não ficou satisfeito com a decisão foi Oscar Alves. “Prejudicou minha pessoa, minha candidatura”, disse ao CT. O democrata defende que o presidente da Câmara de Lajeado deveria ter lido o ofício de Nilton Soares abdicando da vaga e seguido com a sessão mesmo assim. “Havia quórum”, destaca. O vereador informa que estuda quais medidas tomar contra o decreto de André Portilho.