O jornal O Estado de S.Paulo disse nessa quarta-feira, 16, que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), prefere seu aliado Antonio Anastasia (PSD-MG) para o lugar do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro, que deve se indicado para embaixador do Brasil em Portugal, o que deve ser oficializado nos próximos dias. A vaga é do Senado. Outros dois parlamentares entraram com força na disputa, a tocantinense Kátia Abreu (PP) e o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra (MDB-PE).
Querem que 2 desistam
Agora as negociações são para que dois deles desistam da disputa e a vaga não precise ser decidida no voto. Conforme o Estadão, senadores evocam o histórico da Casa para considerar remota a chance de haver uma disputa entre dois ou três parlamentares em uma votação no plenário. O assunto deve avançar após o presidente Jair Bolsonaro mandar a mensagem oficial ao Senado sobre a indicação de Carreiro para a embaixada.
Kátia é peça-chave
Segundo o Estadão, Kátia é peça-chave na operação porque comanda a Comissão de Relações Exteriores (CRE), responsável por analisar as indicações para embaixadas. Aliados da senadora dizem que a sabatina de Carreiro será marcada para o esforço concentrado agendado por Pacheco, que começa no dia 30 e vai até 2 de dezembro.
Estratégia barrada no início do ano
O jornal contou que não é a primeira vez que a operação para abrir a vaga no TCU acontece. No início do ano, o governo já havia tentado indicar Carreiro para o cargo no país, mas a estratégia foi barrada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), adversário do Palácio do Planalto e um dos padrinhos políticos do ministro do TCU. Em conjunto com Kátia, diz o Estadão, Renan agiu para que a Comissão de Relações Exteriores não analisasse a indicação para a embaixada. Agora, a estratégia dos dois senadores mudou e eles tentam fazer com que a própria Kátia seja escolhida para o posto.
Influência sobre o mundo político
O Estadão lembra que o cargo de ministro do tribunal é cobiçado porque ser vitalício e ter grande influência sobre o mundo político. Foi o órgão, por exemplo, o responsável pelo parecer das pedaladas fiscais que embasaram o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O jornal disse que hoje o Planalto tem pouca interlocução com a Corte de Contas. Bolsonaro já tentou mais de uma vez reunir os ministros para fazer uma aproximação, mas isso só resultou em reuniões esvaziadas.