O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o 1º vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego, acompanhados de líderes partidários, participaram de ato no Palácio do Planalto para a entrega simbólica ao presidente da República, Lula da Silva (PT), do decreto de intervenção na área da segurança pública no Distrito Federal, aprovado pelo Parlamento. Editado no domingo pelo petista após os atos de vandalismo cometidos por radicais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ato precisava ser chancelado pelas duas Casas do Legislativo. A Câmara votou o texto no dia seguinte aos atos, e o Senado, na terça-feira,10.
NÃO QUERIA TER FEITO INTERVENÇÃO
O presidente agradeceu o apoio do Congresso e afirmou que todos que desrespeitarem a ordem democrática serão punidos com o rigor da lei. “O gesto [de entregar simbolicamente o decreto aprovado pelo Parlamento] é garantir que a democracia continue sendo o sistema de funcionamento da política brasileira. Eu não queria ter feito uma intervenção, queria ter conversado, mas eles não queriam conversar, queriam praticar o vandalismo no Brasil”, disse Lula da Silva.
LINGUAGEM ÚNICA EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Lira afirmou que a aprovação da intervenção demonstra uma unidade da Federação numa linguagem única em defesa da democracia brasileira. Segundo ele, o decreto editado por Lula era necessário para combater os atos de vandalismo e de ofensa à Constituição. “O ato de entrega do Projeto de Decreto Legislativo cumpre o rito democrático, legal e constitucional que por certo tomarão rumo com diálogo e firmeza na defesa da democracia”, afirmou Lira na solenidade.
UNIDADE
Veneziano Vital do Rego afirmou que o simbolismo do ato de entrega do decreto aprovado pelo Parlamento mostra unidade do País no combate a esses atos terroristas. “Demonstra a solidariedade das 27 unidades que trouxeram apoio e se dizerem indignados com os atos perpetrados por aqueles que imaginavam abalar nossas pilastras institucionais”, disse.
NÃO TERÁ ESPAÇO PARA FASCISMO
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, afirmou que os Poderes da República atacados responderão de igual forma contra o fascismo e o terror. “O ato representa o papel do Congresso de que o terror não terá lugar neste País. Este País tem espaço para todas posições políticas, mas este País não terá espaço para o fascismo e o terror e só se cabe uma posição: a posição do combate”, destacou o senador.
(Fonte: Agência Câmara de Notícias)