O Projeto de Lei que trata da adesão da Capital ao consórcio para compra de vacinas contra a Covid-19 foi aprovada no início da noite nesta terça-feira, 9, em sessão extraordinária, horas depois do início da tramitação.
Quebra de interstício
Conforme antecipado pela presidente da Casa de Leis à Coluna do CT, o protocolo de intenções foi votado com agilidade. A pedido da própria Mesa Diretora, a quebra de interstícios foi aprovada pelo Plenário e todos os prazos ordinários exigidos para tramitação e aprovação de matéria foram levantados. Depois de uma sessão realizada na parte da tarde para enviá-la à Comissão de Constituição (CCJ), uma outra foi feita na parte da noite para aprovar a proposição.
Três dias de espera para massagear ego da presidente
Pouco antes do início da tramitação do protocolo de intenções, a sessão extraordinária de sábado, 6, ainda foi repercutida pelo vereador Rogério Freitas (MDB), que considerou “um verdadeiro espetáculo” a decisão de Janad Valcari não ter dado início ao trâmite do projeto na ocasião. “O protocolo de intenções estava na rede mundial de computadores, era só imprimir e colocar no processo, mas foi preciso esperar três dias para poder massagear o ego de vossa excelência. Se faltasse algo dentro do processo, as comissões providenciaram, é por isso que elas existem”, defendeu. A presidente não reagiu.
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Papelão de empresários que só pensam em dinheiro
Folha Filho (Patriota) também foi à Tribuna da Câmara, mas evitou falar da tramitação do protocolo de intenções. Um dos temas do discurso do vereador foi o protesto de empresários contra a suspensão das atividades essenciais adotadas na Capital como forma de conter a proliferação da Covid-19. “Alguns empresários que pensam no capitalismo selvagem fazem um papelão daquele. É preciso fechar, que as pessoas deixem de transitar, para que o vírus também deixe de transitar. Mas ainda temos homens e mulheres, empresários e empresárias, pensando somente no dinheiro e se esquecendo da vida. […] Fica o nosso repúdio”, disse o parlamentar.
Folha questiona falta de emendas para a Capital e Márcio Reis reage
O vereador também repercutiu a insatisfação da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) sobre a falta de apoio de líderes políticos, citando a falta de emendas direcionadas à Capital. “Eles podem cobrar na medida que estão dando, dividindo, contribuindo com a cidade”, disse Folha Filho. Quem reagiu foi Márcio Reis (PSL), esposo da deputada estadual Vanda Monteiro (PSL), que não gostou da insinuação. “Eu fiquei muito indignado. Eu provo todas as emendas que a Vanda tem mandado todos os anos. Não estamos aqui para debater isto, estamos aqui em prol da sociedade palmense”, afirmou. O parlamentar do Patriota se defende destacando não ter citado nomes, mas o social liberal ainda se disse atingido e houve um curto bate-boca.
Indireta?
Quem também fez um duro discurso, mas não citou nomes foi a vereadora Solange Duailibe (PT). “Nós temos que ter responsabilidade. Não dá para tirar proveito político em um momento como esse, de uma pandemia. Acredito que não existe nenhum aqui desta forma, mas agora ouço muitas pessoas falarem. […] Não quero acreditar que exista um político neste momento que queira ter notoriedade, visibilidade, em cima da vida das pessoas”, disse a petista.
Veja a íntegra da sessão: