A coligação “União Pelo Tocantins” é alvo de mais uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por abuso de poder econômico e político. A denúncia da vez é do Partido Socialista Brasileiro (PSB), presidido por Carlos Amastha, que disputa uma vaga no Senado Federal. Os contratos temporários foram novamente abordados, mas a peça também questiona doação de campanha.
CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS COM VIÉS ELEITORAL EVIDENTE
Em relação às contratações, a Aije chama a prorrogação de 8.833 contratos temporários em dezembro de 2021 de “primeiro grande ato de compra de apoio político” e também critica as cerca de 15 mil novas efetivações feitas nos três meses que antecederam o período vedado para a prática. Na avaliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o “viés eleitoral é evidente” porque não houve justificativa para os atos, conforme é previsto na Lei 3.422 de 2019.
DOAÇÕES DE CAMPANHA
Outra frente atacada pela ação são as doações à campanha. O documento destaca o fato de três sócios de uma empresa que presta serviços para o Estado – já receberam e R$ 2.346.501,26 – terem contribuído com R$ 50 mil ao projeto de reeleição do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), o que chama de “branqueamento de capital”. Conforme o PSB, a prática ainda se estende a servidores, ao citar que um beneficiado por contrato temporário também colocou R$ 10 mil. “Aparentemente, portanto, excelências, além do grave ato de volume de contratações temporárias, os agentes cooptados entre lideranças empresariais, funcionários de alto escalão ou pessoas de confiança, também se responsabilizaram por reinjetar dinheiro – de natureza eminentemente pública – na campanha eleitoral.”, argumenta.
DORINHA JUNTO
Apesar de questionar ações do governo, a ação não pede apenas a cassação do registro de candidatura ou de um futuro mandato de Wanderlei Barbosa, mas também de Dorinha Seabra, adversária de Amastha pelo Senado. “O benefício direto desta também é evidente, por ser candidata na mesma coligação do investigado, e por partilhar da base política, usufrui dos ganhos eleitorais pelos ilícitos praticados”, justifica.