O PSB do Tocantins criou comitê para acompanhamento de pesquisas eleitorais em 2024 com o objetivo de auxiliar a fiscalização da Justiça Eleitoral e democratizar ao máximo as informações e combater a fake news. “É fato que as pesquisas se tornaram um instrumento de enganação eleitoral”, afirmou o advogado eleitoralista e ex-juiz eleitoral Márlon Reis. Segundo ele, foi isso o que já se viu em dezembro em Palmas. “Uma grande quantidade de pesquisas sendo divulgadas de forma equivocada com números inverídicos e que acabam prejudicando o processo eleitoral e influenciando negativamente o eleitor e a população”, destacou.
QUALQUER CIDADÃO PODE CONTRIBUIR
O partido informou nessa terça-feira, 9, que comunicará oficialmente a criação do comitê ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), ao Ministério Público Eleitoral e à Seccional Tocantins da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-TO). O PSB ressaltou que, apesar de ter sido criada por sua iniciativa, o comitê estará aberto a qualquer cidadão do Estado que queira contribuir com a fiscalização da veracidade das pesquisas eleitorais.
O QUE AS PESQUISAS PRECISAM
Marlon Reis reforçou que, desde o primeiro dia do ano, entidades ou empresas que forem realizar pesquisas de intenção de voto precisam registrá-las previamente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os responsáveis pela pesquisa têm que informar quem contratou, valor e origem dos recursos, metodologia e período de realização da pesquisa, além de plano amostral, intervalo de confiança e margem de erro.
DEFESA DA DEMOCRACIA
Para o presidente do PSB do Tocantins e ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, a iniciativa é “super válida” e o partido “mais uma vez sai na frente em defesa da democracia”.
COLUNA DO CT NÃO PUBLICA PESQUISAS
Como faz desde 2012, a Coluna do CT não divulgará resultado de pesquisa eleitoral sobre as eleições municipais de 2024 por entender que, com exceções, não são confiáveis e que, apesar disso, influenciam a decisão de voto. Para o site, o eleitor deve definir o voto pela história e propostas dos candidatos e não por resultado de pesquisas, muitas delas totalmente questionáveis, o que configura uma tentativa de fraudar a democracia. “Por isso, mantemos a decisão editorial de 12 anos atrás de não publicar pesquisas eleitorais”, afirmou o diretor executivo da Coluna do CT, jornalista Cleber Toledo.