Presidente da Casa 8 de Março, a ativista social Bernadete Aparecida foi lançada pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol) como candidata a governadora, com Ney Robson como vice. A legenda ainda indicou Melk Aires para disputar uma vaga no Senado Federal. “Não agredimos nossa consciência em troca de tempo de TV, recursos para campanha ou de apoio com base em barganhas e de forma hipócrita”, disse a sigla ao anunciar as candidaturas em nota. O Psol vai de chapa pura. Com isso, o Estado cinco candidatos a governador – além dela, Mauro Carlesse (PHS), Márlon Reis (Rede), César Simoni (PSL) e Carlos Amastha (PSB), que anunciou a desistência nessa segunda-feira, 6, mas o tema ainda é discutido pelo grupo.
No documento enviado à imprensa, o partido disse que até “aceita” construir alianças políticas, mas que “jamais faz acertos perniciosos à sociedade”. O Psol ainda admitiu que chegou a acreditar em uma candidatura que aglutinasse a oposição em torno de projeto de desenvolvimento que defendesse a valorização do ensino e pesquisa, a defesa dos trabalhadores do campo, a sustentabilidade, modelo eficiente de segurança, escola pública de qualidade e fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
“A esperada construção de uma candidatura capaz de unir a oposição em torno de um programa de governo que resgatasse minimamente esses valores não aconteceu. [..] O que assistimos por parte da situação e da oposição não foi a construção de alianças para atender a um novo, urgente e amplo programa de reformas e de governo para atender ao interesse público. Partidos de matizes e políticos de histórias e ideológicas diversas se juntaram com um único propósito de partilhar o poder, manter privilégios e a defesa de seus particulares interesses”, discorreu o Psol.
Diante deste cenário, o Psol defende as candidaturas e formação de uma chapa pura para disputar o governo do Estado. “Não agredimos nossa consciência em troca de tempo de TV, recursos para campanha ou de apoio com base em barganhas e de forma hipócrita. A política não pode ser um jogo dominado por interesses pessoais, tampouco por sentimentos de vaidade, inveja e ideias medíocres”, acrescenta a agremiação na nota.
Suplementar
O Psol ainda destacou a sua participação na eleição suplementar com o lançamento da candidatura a governador do procurador da República Mário Lúcio Avelar (Psol). A sigla diz ter encontrado eleitores “sintonizadas com o desejo de mudança”, mas lamentou que “o sistema político sem reformas não aceita na prática o discurso de mudança”.
“Venceu o candidato do palácio, aquele que reunia o maior número de recursos financeiros e o apoio político das lideranças tradicionais. É natural a conclusão de que deste grupo não se pode esperar mais do que a manutenção dos esquemas de poder que sangram nossa boa gente e mantém o Tocantins refém do patrimonialismo, da corrupção e da ausência de um projeto de desenvolvimento”, anotou.