Apesar do respaldo do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), Afonso Piva pediu nesta segunda-feira, 7, exoneração do cargo de secretário estadual da Saúde. A saída acontece quatro dias após a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na quinta-feira, 3, para apurar possíveis crimes de fraude à licitação, desvio de verbas públicas, organização criminosa e lavagem de capitais no âmbito da pasta.
SECAD DEVE ACUMULAR
A Coluna do CT apurou que o secretário da Administração, Paulo César Benfica, deve acumular a Saúde até a definição do novo titular.
GOVERNADOR BANCOU
Afonso Piva pede para deixar a Sesau mesmo com Wanderlei Barbosa tendo bancado sua permanência. Em entrevista concedida à imprensa de Gurupi na sexta-feira, 4, o governador defendeu a manutenção dele no comando da Sesau, onde está desde outubro de 2021. “Ele está dentro do seu cargo trabalhando. Agora, claro, vamos observar o que está ocorrendo. Eu não faço nenhum movimento brusco sem primeiro escutar o que realmente ocorreu. Ainda não vi e não foi apresentada nenhuma prova contrária ao comportamento do secretário”, disse o chefe do Poder Executivo.
DESDE OUTUBRO DE 2021
Piva assumiu o comando da Sesau no final de outubro de 2021, no lugar do ex-secretário Luiz Edgar Leão Tollini, assim que o governador Wanderlei tomou posse, com o afastamento do antecessor, Mauro Carlesse (Agir), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na Saúde, Piva já foi gerente de Patrimônio, de Almoxarifado, diretor hospitalar e superintendente de Aquisição e Estratégia de Logística.
NEGA ENVOLVIMENTO COM IRREGULARIDADES
À imprensa ainda na quinta-feira, data da operação da PF, o secretário negou envolvimento com as supostas irregularidades: “É do meu total interesse que tudo isso seja esclarecido. Construí meu patrimônio ao longo de 19 anos de trabalho e nunca fui proprietário de qualquer empresa no setor de Saúde. Confio na Justiça e vou provar a minha inocência”, afirmou Piva.