O principal tema da sessão da Câmara de Palmas foi a reforma administrativa feita pela prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB). O principal questionamento foi quanto à extinção da Fundação Escola de Saúde Pública (Fesp), incorporada pela Secretaria da Saúde (Semus). A fusão das pastas de cultura, esporte e juventude também foram abordados. Os principais defensores da gestão foram os vereadores Folha Filho (PSDB) e Laudecy Coimbra (SD), enquanto as críticas foram – como sempre – capitaneadas pela presidente da Mesa Diretora, Janad Valcari (PL), e, curiosamente, também por Solange Duailibe (PT), que se disse da base.
Paço identificou sobreposição de competências e os serviços não serão prejudicados
Laudecy Coimbra elencou a motivação do Paço para reestruturar a administração da Capital. “Reforma foi promovida após feito um levantamento que identificou sobreposição de competências. Não haverá prejuízos aos serviços prestados. As fundações extintas foram incorporadas. A maior repercussão foi da Fesp. As ações da serão incorporadas à Semus, que já geria os recursos. Nada mudará. A prefeita faz economia com despesas de pessoal, aluguel e estrutura”, argumentou. Folha Filho seguiu o raciocínio. “Não mudou nada. Só mudou o quadro porque voltou para a Semus. Não exonerou nenhum cidadão, não tirou poder de ninguém. Está retornando para secretaria para continuar com o propósito de atender melhor a sociedade palmense. Estão fazendo política. Sei que o momento é eleitoral e que muita gente quer barganhar votos com um ato que é exclusivo do Poder Executivo”, reforçou.
Provocação a Mantoan e crítica vindo da base
Entre os críticos à reforma apareceu Solange Duailibe (PT), considerada da situação como a própria reconheceu. “Entendo que toda gestão precisa fazer ajustes, buscar a economicamente, a redução de gastos, mas porque caem justamente nas costas de quem mais precisa”, disse em referência ao fim da pasta de Assistência Social. Laudecy Coimbra ponderou que a área continua com força de secretaria, mas sob o nome de Igualdade Social. A petista também viu retrocesso no fim da Fesp. “Sou da base da prefeita, mas jamais me calarei diante do que vejo que não está correto”, emendou. Sempre dura nas ofensivas, Janad Valcari também criticou as mudanças. “A prefeita já deu prejuízo no dia que assumiu a prefeitura. Não dão conta de administrar com a quantidade de pessoas que tem, imagina diminuindo”, resumiu a parlamentar, que sugeriu objetivo políticos na reforma. “Sabe porque fez isso? É porque não sabe articular. Saiu pegando todos os secretários para poder colocar para candidatar. Sabe para quê? Para fazer escada para o maridinho dela [Eduardo Mantoan, PSDB]. Solta ele no limpo para ver se dá conta de pedir voto”, provocou.
Veja a íntegra da sessão: