O presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), Jairo Mariano, avalia que a saída dos médicos cubanos comprometerá o atendimento na atenção básica dos pequenos municípios do Estado. Segundo ele, dois desses profissionais, numa pequena cidade, fazem em média de 1 mil a 1,2 mil consultas por mês.
“Se já temos problemas na saúde, agora vão se ampliar”, avisou Mariano. Para o presidente da ATM, no formato que o presidente eleito Jair Bolsonaro propõe, a reposição dos profissionais que voltarão para Cuba vai demorar. “Vamos ter muitos problemas até viabilizar a proposta [de Bolsonaro]”, disse.
O Estado recebeu 141 profissionais pelo programa Mais Médicos, dos quais 101 são cubanos, que atuam em 70 municípios e 10 pólos indígenas.
Nessa quinta-feira, 15, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) também fez o alerta em nota. Para a entidade, prefeitos das cidades com menos de 20 mil habitantes estão preocupados com a saída dos 8,5 mil profissionais cubanos que atuam no programa Mais Médicos. A CNM disse que é preciso substituí-los sob o risco de mais de 28 milhões de pessoas ficarem desassistidas.