O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Tocantins, vai eleger nova diretoria em novembro sob um impasse. É que a presidência da entidade se dá por rodízio entre as principais federações do Estado — pela ordem, Faet (agricultura), Fecomércio, Fieto (indústria) e Faciet (das associações comerciais). Acontece que outra federação foi adicionada em 2018 a esse rol, a Federação das Micro e Pequenas Empresas do Estado do Tocantins (Fampec) este ano.
A presidência hoje está com a Faciet, encerrando o ciclo, que deveria recomeçar com a Faet, presidida pela senadora Kátia Abreu (PDT). Como a nova entidade do grupo, a Fampec defende que agora é ela quem deveria deveria fechar o ciclo e não mais a Faciet. Logo, insiste, a presidência em novembro deveria ficar em suas mãos.
Kátia, contudo, não abre mão e defende que a Fampec vá para o final da fila e só assuma ao final do ciclo que estará recomeçando.
Muitas conversas estão em andamento para o resolver o impasse na base do diálogo que sempre prevaleceu entre as entidades responsáveis pelo Sebrae tocantinense.
Votos menos concentrados
No mês passado, o conselho do Sebrae fez uma sábia mudança para não permitir concentração de poder. O governo do Estado sempre foi considerado muito forte na entidade. O Palácio Araguaia é representado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e pela Unitins, mas sempre acaba por influenciar os votos dos três bancos federais que também compõem o conselho — Banco da Amazônia, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Também tem direito a voto Sebrae Nacional, Universidade Federal do Tocantins (UFT), Faet, Fecomércio, Fieto, Faciet e agora também a Fampec.
Para evitar a concentração de votos, o conselho aprovou como eleitores o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Social da Indústria (Sesi). Essas entidades foram aprovadas por 8 votos a 1. Único contrário, claro, foi o governo.
A presidência é ocupada pelo sistema de rodízio, mas o conselho elege o superintendente e os diretores financeiro e técnico. O Sebrae do Tocantins tem um orçamento de R$ 48 milhões.
Com direito a presidir o Sebrae, pela ordem:
— Faet,
— Fecomércio,
— Fieto,
— Faciet
— e agora também a Fampec.
Com direito a voto:
— Faet
— Fecomércio
— Fieto
— Faciet
— Fampec
— Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (governo do Tocantins)
— Unitins (governo do Tocantins)
— Banco da Amazônia
— Banco do Brasil
— Caixa Econômica Federal
— Sebrae Nacional
— Universidade Federal do Tocantins (UFT)
— Senar
— Sesi
— Sesc