A secretária estadual dos Povos Originários e Tradicionais, Narubia Werreria, afirmou à Coluna do CT que a crise do povo Yanomami, em Roraima, é “inaceitável” e classificou de “um estado de calamidade pública anunciado”. “Nada foi feito. Pelo contrário, houve um desmonte do atendimento à saúde, um desmonte das políticas ambientais em plena pandemia e um estímulo do garimpo em terras indígenas”, lamentou.
PLANO DE INVASÃO E EXTERMÍNIO
Ela disse que está falando “não só de negligência”, mas também de “um plano de invasão e extermínio que estava em curso” contra o povo Yanomami e contra os povos indígenas, “motivado pela ganância”. “Nada justifica ou explica 30 mil garimpeiros em território Yanomami”, defendeu.
DESMONTE ABATEU TODOS OS POVOS
Narubia afirmou que o desmonte das políticas indigenistas e ambientais abateram “todos os povos indígenas” e os praticantes desses crimes “se sentiam autorizados e já anistiados”. “Portanto, infelizmente, a situação de extrema pobreza e miserabilidade atinge muitos povos indígenas hoje no Brasil e aqui no Tocantins não é diferente”, pontuou.
OS PROBLEMAS NO TO
Segundo a secretária, no Estado, os destaques são a falta de abastecimento de água, a poluição e a seca dos rios. “E também a grande miséria de muitas aldeias indígenas”, disse.
RELEVÂNCIA HUMANITÁRIA
Por isso, Narubia defendeu que a criação do Ministério dos Povos Originários, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “tem uma relevância humanitária grandiosa de reconstrução”. “Aqui no Tocantins também destaco a criação da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais, pelo governador Wanderlei Barbosa, que está em consonância e alinhamento ao governo federal, assim como outros estados estão indo na mesma direção, como o governador do Pará, que anunciou a criação da Secretaria dos Povos Originários, que também terá à frente uma indígena ou um indígena”, ressaltou.