O secretário-geral nacional do PT, Romênio Pereira, reforçou em Palmas nessa segunda-feira, 19, que a pré-candidatura a governador do deputado estadual Paulo Mourão. Ele abordou o tema quando questionado pela imprensa sobre a possibilidade de o partido apoiar uma possível candidatura da senadora Kátia Abreu (sem partido), que já andou costurando o apoio da cúpula nacional petista, com encontros com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “A pré-candidatura do PT do Tocantins foi lançada no congresso do partido e o nome posto para concorrer é o do deputado Paulo Mourão”, assegurou.
Romênio afirmou que o PT quer construir candidaturas não só no Tocantins, mas em vários Estados, “com diálogo aberto no sentido de garantir governos democráticos populares nos Estados”.
Em 2014, o então presidente nacional do PT, Rui Falcão, esteve em Palmas e garantiu que o partido teria candidato próprio a governador. Contudo, num acordo nacional, a legenda acabou tendo que apoiar o governador Marcelo Miranda (MDB) e ainda compor com a senadora Kátia Abreu, na época pelo MDB, indicando o primeiro suplente Donizeti Nogueira.
Foi um repeteco do que já havia ocorrido em 2010, quando teve que retirar a candidatura já lançada em convenção de Mourão para apoiar Carlos Gaguim, num acordo nacional para ter o hoje presidente Michel Temer como vice de Dilma Rousseff. Em 2006, o partido no Tocantins caminhava para fechar aliança com o MDB de Marcelo, mas outro acordo nacional para garantir o apoio do PCdoB nas eleições de Brasília, levou os petistas a terem que a ficar com o então senador Leomar Quintanilha, comunista na ocasião.
Por esse longo histórico e pelas conversas de Kátia Abreu com a cúpula petista nacional, o meio político não acredita muito que o PT regional consiga levar a pré-candidatura de Mourão até o fim.
Visita de cortesia
O prefeito de Palmas e pré-candidato ao governo pelo PSB, Carlos Amastha, fez uma visita de cortesia no hotel onde o secretário-geral do PT estava esteve hospedado. No encontro, os líderes partidários debateram a conjuntura política do Brasil, a pré-campanha de Lula, ameaçado por um possível impedimento da Lei da Ficha Limpa de disputar as eleições deste ano; e as disputas no Tocantins.
Após o encontro, aliados do prefeito afirmaram que o PSB e o PT também poderiam caminhar juntos nas eleições estaduais. As duas siglas têm boa relação no plano nacional, o que poderia uni-las no Tocantins. (Com informações da assessoria de imprensa do PT)