O Legislativo da Capital iniciou o debate sobre a poluição e o mau cheiro do Lago de Palmas nesta quarta-feira, 25, em uma reunião conjunta das comissões de Administração Pública, Urbanismo e Infraestrutura (Capuim) e de Políticas Públicas Sociais (CPPS). Participaram da discussão associação de comerciantes, bem como representantes da Marinha, Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e Defensoria Pública (DPE). Concessionária responsável pelo serviço de água e esgoto, a BRK Ambiental não marcou presença.
Presidente da Capuim, Tiago Andrino (PSB) projeta a participação da concessionária em outro momento. “Ninguém quer bater de frente com a empresa. A ideia é somar forças e chegar a um entendimento. O principal encaminhamento é a convocação de uma audiência pública, porque com o prazo de 30 dias estamos certos de que a empresa poderá se organizar para se fazer presente. Além disso, vamos propor a criação do Conselho de Saneamento Básico forte, para que juntos possamos desenvolver e fiscalizar o Plano de Saneamento Básico”, defendeu.
Prejuízos
À frente da Associação Comercial da praia das Arnos, Elizabete da Silva afirmou que o prejuízo do mau cheiro no local já ultrapassa os R$ 450 mil se somados os rendimentos de todas as 28 barracas e o baixo movimento nos últimos meses. “Desde a temporada que o comércio está praticamente fechado. Estamos com a demanda desde a época da temporada, nem existiu temporada. Foi a época mais precária. Alguns colegas já fecharam o estabelecimento porque a taxa de água e esgoto é muito alta e a energia também”, reclamou.
O presidente da Associação de Moradores do Bertaville, César Cruz, disse que esse é um problema antigo, e que os moradores esperam uma solução. “O questionamento é a forma de tratamento. Nosso problema é o odor no Bertaville. Essa forma de tratamento é ultrapassada, a gente vem batendo nessa tecla há muito tempo. Procuramos o Ministério Público e infelizmente ele não nos assistiu. Foi quando procuramos a defensoria e hoje vemos o resultado. Precisamos de algo concreto, que chega de ‘vai fazer’”, pontuou.