O último debate antes do segundo turno da eleição suplementar aconteceu na noite desta quinta-feira, 21, sem a presença do interino Mauro Carlesse (PHS), candidato pela coligação “Governo de Atitude”. Com a ausência, o programa transmitido pela afiliada da Globo foi uma entrevista com o senador Vicentinho Alves (PR), que postula o cargo de governador pela “A Vez dos Tocantinenses”. O republicano lamentou a ausência do adversário que não participou de nenhum debate no pleito.
“Mais uma vez, há uma falta de compromisso”, comentou o senador. Após fazer duas perguntas para o candidato ausente, Vicentinho Alves falou da campanha e detalhou algumas propostas. Na saúde, o republicano,explicou a importância de se mudar radicalmente o atual modelo, fortalecendo os hospitais de pequeno porte para que a rede hospitalar de maior porte fique para o atendimento de alta complexidade.
Vicentinho Alves comentou que a ideia é usar os recursos disponíveis, fazendo gestão e distribuição correta. “A gestante tem que poder ganhar seu filho na sua cidade. Não precisa ir até o hospital regional. Também não faz sentido uma pessoa com dedo quebrado ter que ser atendida no HGP [Hospital Geral de Palmas]”, exemplificou.
Entre as novidades pretendidas pelo republicano está a implantação de um sistema em conjunto com o Tribunal de Contas do (TCE), Ministério Público Estadual (MPE) e Judiciário para comprar remédios. “O promotor vai acessar e se não tem determinado remédio numa cidade, ele pode pegar em outra. Isso evita ações judiciais. Em uma ação judicial, o remédio que custa R$ 100 para o Estado, acaba custando R$ 1 mil. E isso não é culpa do MPE, é culpa da má gestão do Estado”, destacou.
O senador também reforçou que vai acabar, com decreto, com as terceirizações do Departamento de Trânsito (Detran), inclusive com os contratos com a Free Way com a Aliança. Para ele, é um absurdo que o Estado faça a pessoa pagar taxas altíssimas para que as pessoas possam recuperar seus carros.
“Uma trabalhadora, com um carro de pouco mais de R$ 20 mil, tem que pagar R$ 7 mil de taxa para essa Free Way? Eu vou acabar com isso”, destacou, ao frisar que quem está no governo tem compromisso com essa terceirização e não vai alterar a situação. “Isso vem desde o tempo do Gago (Carlos Gaguim), passou pelo Eduardo Siqueira Campos, pelo Marcelo Miranda e agora está com Carlesse”, disse.
Sobre equilibrar as finanças do Estado, Vicentinho Alves disse que a primeira obra a ser feita é “moral”, acabando com a história que “só tem bandidos no Tocantins”. O candidato citou que gastos em aluguéis de aviões, diárias, consultorias e outros serão cortados imediatamente, gerando economia de mais de R$ 500 milhões. “Tenho responsabilidade e consciência que vou pegar o Estado na mais profunda crise”, disse.
Por fim, Vicentinho Alves também falou de segurança pública, garantindo que, caso eleito, implantará um Plano Estadual para a área, integrado ao Sistema Único de Segurança Pública. “Sem dinheiro, não tem segurança. Nós vamos nos adequar a política nacional e trazer esses recursos”, destacou, ao lembrar que o Estado tem 35 cidades sem nenhum policial militar. O candidato afirmou que irá acelerar a retomada do concurso da Polícia Militar, suspenso por decisão judicial, ressaltando que, antes, fará uma análise minuciosa do certame para detectar a origem e as causas das possíveis fraudes que levaram a sua suspensão. (Com informações da Ascom)