Alysson-Neya Chaves
Especial para o CT
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp), Heguel Albuquerque, disse que o depoimento do ex-presidente do PreviPalmas Max Fleury à Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara mostrou que os fundos de aposentadoria estavam numa situação de vulnerabilidade. “Nós sempre lutamos pelo plano de carreira e defendemos que o gestor do órgão seja um servidor de carreira, para evitar vulnerabilidade do patrimônio previdenciário do funcionalismo público”, afirmou o sindicalista.
Cauteloso, ele, contudo, avaliou que o possível despreparo de Fleury para o cargo quem vai provar é a comissão no final da CPI, mas ressaltou que a entidade tem preocupação com o caso. “É preocupante. Entendemos que a pessoa que está diante de um órgão da previdência tenha qualificação técnica para cuidar da aposentadoria do funcionalismo público”, observou Albuquerque.
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Segundo ele, as irregularidades que ocorreram na administração do Previpalmas mostra a necessidade de uma discussão mais profunda para a escolha do dirigente do órgão. “É necessário uma reflexão mais ampla na escolha da pessoa que irá ficar à frente do Previpalmas, para evitar essa impressão de que a previdência de Palmas não está sendo cuidada de forma precisa”, defendeu o presidente do Sisemp.
Despreparo
As respostas dos questionamentos da CPI levaram os membros a afirmar que o ex-gestor não tinha qualificação técnica, nem mesmo conhecimentos das nomenclaturas mais básicas dos fundos de pensão. Pois ele mesmo chegou à afirmar que, mesmo lendo o Plano de Investimentos do PreviPalmas, “não entendia nada”.