O senador Vicentinho Alves (PR) confirma nesta segunda-feira, 16, sua pré-candidatura à reeleição no pleito de outubro. O evento do Partido da República acontece a partir das 16 horas, em Palmas, na sala de reuniões do Hotel Céu. O republicano retorna ao projeto de permanecer no Congresso Nacional após ser derrotado na eleição suplementar pelo governador Mauro Carlesse (PHS). O lançamento da pré-candidatura ocorre sob os comentários de que o parlamentar vai firmar uma aliança com seu principal adversário nos últimos anos, o ex-prefeito de Palmas e pré-candidato a governador Carlos Amastha (PSB).
A candidatura à reeleição ao Senado de Vicentinho Alves era tida como natural, mas com a cassação de Marcelo Miranda (MDB) do cargo de governador e a realização de uma eleição suplementar, os planos mudaram. Depois de lançar a pré-candidatura ao governo do então correligionário e prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (sem partido), o senador acabou sendo o nome republicano no pleito. Dimas, indignado, rompeu com o parlamentar e apoiou a candidatura do governador Mauro Carlesse (PHS).
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Vicentinho Alves chegou ao segundo turno com vantagem de menos de 1 ponto percentual dos votos válidos para o terceiro colocado, o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha. O senador conseguiu o apoio de 127.758 eleitores [22,22% dos válidos] no primeiro turno, graças ao bom desempenho no interior do Tocantins. Primeiro colocado, Carlesse atingiu 174.275 votos [31,31% dos válidos].
Entretanto, Vicentinho Alves não conseguiu reverter a vantagem adquirida por Mauro Carlesse. O republicano fez uma campanha mais agressiva no segundo turno e foi responsável por uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que resultou em operação da Polícia Federal, que visitou o Palácio Araguaia por duas vezes durante a disputa. A estratégia não surtiu efeito.
Mauro Carlesse venceu com larga vantagem Vicentinho Alves: 368.553 votos para o governador eleito (75,14% dos válidos), contra 121.908 votos para o parlamentar republicano (24,86% dos válidos). O resultado é a maior diferença já registrada nas eleições do Tocantins desde a criação do Estado em 1988.
A derrota enfraqueceu o projeto de Vicentinho Alves ao Palácio Araguaia. Ao lado da senadora Kátia Abreu (PDT) – também candidata derrotada na suplementar -, o republicano articulou uma reunião com todas as frentes de oposição a Mauro Carlesse. A iniciativa não deu resultado. Os principais partidos sequer participaram do primeiro encontro. O objetivo era costurar a candidatura do ex-prefeito ao governo. A pedetista indicaria o candidato a vice-governador e o republicano teria vaga para disputar a reeleição.
Apesar do insucesso da tentativa, Vicentinho Alves e Carlos Amastha teriam se entendido. O Blog CT aponta que o senador já informou os aliados que fechou aliança com o ex-prefeito. Republicano e pessebista não comentaram a possível composição, seja para confirmar ou negar. Entretanto, após a repercussão, o parlamentar preparou evento desta segunda-feira para anunciar que disputaria a reeleição.