Apesar de aliados próximos terem chegado a cogitar a possibilidade de retratação por causa das polêmicas declarações em Gurupi, no sábado, 24, não foi o que fez o prefeito de Palmas e pré-candidato a governador Carlos Amastha (PSB). Muito pelo contrário. Em entrevista ao site Orla Notícias, nesta segunda-feira, 26, ele questionou quando perguntado sobre ter tachado os deputados estadual de “bandidos e nojentos”: “Qual é a dúvida?” E continuou: “O que disse em Gurupi e ‘re-ratifico’ é: olha o sentimento desta Assembleia Legislativa. É um antro! A maioria fica imbuída neste sentimento asqueroso dessa velha política”, voltou a atacar.
O prefeito lembrou que, quando disse lá atrás que a maioria dos nossos políticos é “vagabunda e corrupta”, tem certeza de que muitos não se ofenderam. “Porque a política é a mais nobre de todas as profissões, é através da política que a gente pode transformar este País. Agora, a maioria de nossos políticos é corrupta e vagabunda. Alguém não sabe disso? Eu disse alguma inverdade?”, perguntou.
Para Amastha, apenas com os bons cidadãos entrando na política “a gente vai modificar este quadro”. “Não estamos aqui para passar a ‘mãozinha’ em ninguém. Estamos aqui para escancarar as barbaridades que têm acontecido em nosso Estado. Tanto no Legislativo quanto no Executivo Estadual. Não consensuo com isso, e, por isso, entramos na política, para fazer a diferença”, assegurou.
Não generalizou
Apesar de ter dito em Gurupi no sábado que excluía um ou dois deputados de seu ataque, Amastha garantiu na entrevista desta segunda-feira não ter generalizado. “Não generalizei, porque tem muita gente decente, boa, tem deputados maravilhosos nesta nossa Assembleia, mas, infelizmente, a maioria lá tem levado a esse tipo de circunstância”, disse.
Palmas é diferente
Ele avaliou que o gasto com eventos em Palmas “é diferente” porque se trata de “política pública”. “Políticas do Executivo para fazer festividades, como o Festival Gastronômico, nosso Natal e nosso réveillón, isso é política pública. Não tem atrás disso uma emendinha, ninguém pegando dinheiro de volta”, comparou. “Então, não vamos confundir política pública, como o Natal, réveillon, Festival Gastronômico e Arraiá da Capital, com esse tipo de emenda. A gente não paga isso através de um vereador para que tenha retorno ou alguma vantagem, ou vantagem eleitoreira, pior ainda.”
Segundo o pré-candidato a governador, “essas malditas emendas” escravizam os gestores públicos. “Quanto prefeito que depende dessas emendas para fazer política pública? O dinheiro do Estado tem que circular em todos os municípios independente de apoio político. E isso que a gente fez na Prefeitura de Palmas e deveria estar acontecendo no Estado, mas não é o que acontece. Aprovaram essas emendas impositivas e isso é crime, crime, crime, com dinheiro dos tocantinenses”, ressaltou.
Nega gasto excessivo
Amastha negou que tenha gastado excessivamente com estrutura de palco, som e tendas. Conforme o prefeito, esse gasto não existe, que os R$ 55,6 milhões são a ata total. Ele disse que esse valor aplicado em cinco anos, levantados pelo CT no início de março, é o valor total da ata, não o efetivamente gasto. Na verdade, o site obteve esse valor num cruzamento de dados entre o Diário Oficial de Palmas e o Portal da Transparência da prefeitura. Ou seja, os R$ 55,6 milhões foram efetivamente gastos, sim, com palco, som, tendas e estruturas de eventos.
Assista a seguir a entrevista de Amastha ao site Orla Notícias: