Seja qual for a medida de restrição, mesmo no lockdown, uma categoria que tem que permanecer nas ruas é a dos policiais. Não tem como dar certo qualquer política de contenção da Covid-19 sem o apoio das forças de segurança. Isso significa que a categoria também está permanentemente exposta à contaminação.
Dessa forma, nada mais justo do que a reivindicação para que os policiais façam parte do grupo prioritário da vacina contra o novo coronavírus. Alguns segmentos das forças de segurança já tentaram na Justiça o reconhecimento de prioridade para a imunização, mas não obtiveram sucesso.
Claro que é preciso considerar que são poucas as doses disponíveis e que a prioridade maior deve ser dada a profissionais de saúde e aos mais idosos. Mas, conforme a disponibilidade da vacinas for aumentando, é fundamental que policiais e professores sejam incluídos na lista de prioridades.
Se quisermos a volta das aulas segura para nossas crianças e jovens, precisamos vacinar os professores. Isso é muito claro e eu sempre defendi que a retomada do ano letivo sem isso era uma aventura temerária, porque não se trata tão somente da relação professor-aluno em sala de aula. O retorno aumentará a movimentação das ruas, para os pais levarem os filhos até as escolas, e ainda no interior dos estabelecimentos de ensino — servidores administrativos, merenda, professores, entre outros.
Mas a vacinação não é menos importante para as forças de segurança. Como foi dito, como tornar qualquer política de restrição bem-sucedida sem apoio de policiais? E como eles poderão executar sua missão sem se expor a riscos de contaminação?
Dentro do planejamento do Ministério da Saúde, será mais um completo absurdo – de tantos que estamos assistindo – se as forças de segurança não forem consideradas prioridade com o aumento da disponibilização de doses de vacinas.
Post Scriptum
Muito estranha – Essa posse meio que às escondidas do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na manhã desta terça-feira, 23, sem a presença de convidados e da imprensa e sem constar da agenda oficial, é muito estranha. Num momento em que o Brasil caminha para registrar 300 mil mortos por Covid-19, com quase todos os Estados enfrentando colapso do sistema de saúde, a posse do ministro da Saúde deveria ser marcante, cheia de símbolos para dar segurança ao País de que agora se tem um comandante à altura que a urgência requer. Temos?
Na bolsa de apostas – O nome do deputado estadual Cleiton Cardoso (PTC) é o mais citado na “bolsa de apostas” das rodas de conversas de política como o possível sucessor de Antônio Andrade (PTB) na presidência da Assembleia, em se confirmando a necessidade de nova eleição na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Como Andrade, Cardoso tem a total confiança do governador Mauro Carlesse (DEM).
Promete – A Câmara de Palmas realizará sessão ordinária nesta quarta-feira, 24, a partir das 9 horas. Será a primeira depois daquele bombástico discurso da presidente Janad Valcari (Podemos), com ataques aos ex-presidentes Rogério Freitas (MDB) e José do Lago Folha Filho (Patriota), que reclamaram porque não tiveram o direito de rebater a fala.
Doença terrível – A morte de seu irmão Wandell Lyra, de 59 anos, atingiu em cheio o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços do Tocantins, Tom Lyra. Ele, que é de Araguacema, contou à coluna que foi Wandell quem o levou para São Paulo. “Foi um pai para mim lá naquele começo”, lembrou Tom. O secretário afirmou que a Covid-19, causa da morte do irmão, é “uma doença terrível”. Segundo Tom, Wandell “não tinha nada”. “Nem pressão alta nem diabetes, fazia corridas e caminhadas”, contou.
CT, Palmas, 23 de março de 2021.