O governador interino Wanderlei Barbosa (sem partido) está desde antes do ano novo percorrendo as áreas fortemente impactadas pelas chuvas. Esteve semana passada em Miracema e nesta visita cidades do Bico do Papagaio que sofrem prejuízos enormes com as inundações. São 35 municípios tocantinenses atingidos e centenas de desabrigados.
A partir do que viu pessoalmente nas regiões que padecem com as chuvas, Wanderlei pôde dimensionar melhor o tamanho do problema e exigir da equipe o devido tratamento para amenizar a dor pelos danos causados. Além disso, sua presença dá confiança à população impactada porque ela vê ao seu lado quem mais representa o Estado, o que lhe garante a segurança de que algo será realmente feito.
Esse papel do líder nos momentos de tragédia é intransferível. Por mais que secretários tenham autonomia para agir e vontade de resolver, sem a sensibilização do maior responsável pelo governo, o socorro pode não ser o necessário e os recursos canalizados ficarem aquém do que realmente era preciso, porque quem autoriza não sabe o real tamanho do problema.
A ausência do líder maior ainda gera incertezas na população, o que produz insegurança e sensação de abandono à própria sorte.
Por isso que em todas as grandes tragédias sempre vemos a presença do principal líder. Foi assim quando do atentado de 11 de setembro de 2001 em Nova York, com o então presidente americano George W. Bush, com megafone em punho, de capacete e blusão dos bombeiros, sobre os escombros do Word Trade Center; e com vários presidentes brasileiros, como, por exemplo, Fernando Henrique Cardoso, em janeiro de 2000, e Luiz Inácio Lula da Silva, em junho de 2010, que visitaram e sobrevoaram regiões do Brasil atingidas por fortes chuvas.
Como o governador Wanderlei, todos eles, cientes de sua responsabilidade e comprometidos com seu povo, foram em socorro da população quando ela mais precisava da presença do Estado.
Nenhum deles foi curtir férias adoidado enquanto as águas destruíam lares, negócios e matavam e desalojavam brasileiros.
E também nenhum deles se empanturrou a ponto de meter um atestado para tirar mais uns dias de descanso após tanta esbórnia.
CT, Palmas, 5 de janeiro de 2022.