A campanha de Eduardo Siqueira Campos (Podemos) informou nesta sexta-feira, 4, ter ingressado com a terceira Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra a coligação “União de Verdade”, da deputada estadual Janad Valcari (PL). A nova denúncia aponta o uso indevido dos meios de comunicação social, promoção de desinformação e abuso de poder econômico desde o início do processo eleitoral. O pedido é pela cassação do registro de candidatura, do diploma, em caso de eleição, além da inelegibilidade da chapa forma pela parlamentar liberal e pelo vereador Pedro Cardoso (Republicanos)
VASTA REDE DE DESINFORMAÇÃO
Conforme a assessoria da coligação “Juntos Podemos Agir”, a ação argumenta que Janad Valcari se beneficiou de uma vasta rede de desinformação na qual as atividades buscavam prejudicar a imagem de Eduardo Siqueira Campos. Segundo a acusação, desde o início do período de pré-campanha, a candidata passou a disseminar ataques coordenados nas redes sociais com o objetivo de enfraquecer a candidatura de adversários.
DIVERSAS FASES
De acordo com a denúncia, a campanha de desinformação em prol de Janad Valcari teria operado em diversas fases. A primeira, com a produção e edição de conteúdos, com a participação de profissionais na criação de vídeos, jingles e outros materiais com informações falsas (fake news). A segunda fase consiste na distribuição desses conteúdos por meio de difusores identificados, que seriam responsáveis pelo disparo em massa em grupos de WhatsApp e outras plataformas. A coligação afirma que os disparos teriam sido realizados em grande escala, atingindo mais de 10 mil eleitores. As provas incluem registros de grupos em que as mensagens foram enviadas e de contas em redes sociais que teriam contribuído para a propagação de informações falsas.
PELO MENOS 10% DO ELEITORADO PODE TER SIDO ATINGIDO
A ação judicial destaca que a desinformação disseminada teria influenciado de forma significativa o eleitorado, podendo atingir pelo menos 10% dos votos válidos nas eleições municipais de Palmas. Essa rede de desinformação, aponta o processo, compromete a lisura e igualdade do processo eleitoral.
ABUSO DE PODER ECONÔMICO
Além das acusações de desinformação, a coligação de Eduardo Siqueira também denuncia o abuso de poder econômico, argumentando que os gastos com a produção e distribuição dos conteúdos desinformativos não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha de Janad Valcari, que já somaria mais de R$ 2 milhões. A prática, segundo a ação, coloca em risco a legitimidade do processo eleitoral.
SUSPENSÃO DOS DIFUSORES DE DESINFORMAÇÃO E QUEBRA DO SIGILO
A coligação requer medidas urgentes a serem determinadas pela Justiça Eleitoral, inclusive a suspensão das atividades dos difusores de desinformação e a quebra de sigilo de dados de todos os envolvidos, para que sejam apurados e identificados os responsáveis pelo financiamento e operacionalização da suposta rede de fake news.