Os vereadores de Jaú do Tocantins destituiu Eláudio Gonçalves Silva Júnior (PSD) da presidência da Casa de Leis. Então vice-presidente, Adecildo Rodrigues (PDT) assumiu o comando da Mesa Diretora. A mudança de gestão foi concluída nesta terça-feira, 20, após processo administrativo e julgamento por unanimidade.
UNANIMIDADE
Todos os sete vereadores com direito a voto optaram por destituir Eláudio Gonçalves: Adecildo Rodrigues, Arley José de Oliveira (PT), Eliene Rodrigues da Luz Queiroz (Patriota), Pedro Coelho da Silva (Podemos), Rosilene Facundes Leite (PSD), Valdez Borges Cavalcante (Patritota) e Washington Luiz Soares (Podemos). Por ser a denunciante, a vereadora Queila Carvalho (Podemos) não teve o direito de se posicionar, enquanto Eláudio Gonçalves deixou a sessão por duas vezes durante a votação, informou a Casa de Leis.
DENÚNCIA
Conforme a Casa de Leis, recaiam sobre Elaudio denúncias de falta de prestação de contas, contratação de funcionário fantasma; excesso de diárias concedidas ao presidente juntamente com a falta de comprovação, configurando uma complementação de subsídio; e irregularidades relacionadas ao abastecimento de veículos. Conforme o relatório da Câmara, o parlamentar obteve mais de R$ 22 mil em diárias ao longo de 2023, recebendo mensalmente cerca de R$ 1.900,00 adicionais. Superfaturamentos nas licitações de mais de R$ 4 mil também foi apontado.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
Em conversa com a Coluna do CT, Eláudio Gonçalves condenou a decisão dos colegas, o que chamou de “perseguição política”. O parlamentar afirma que “não há provas” de nenhuma das alegações para a destituição e contextualiza com o fato de que todas as contas como ordenador de despesas da Casa de Leis foram aprovadas pelo Tribunal de Contas (TCE).
PLANOS PARA O PAÇO
Eláudio Gonçalves afirma que o processo é uma “retaliação” do grupo da prefeita por ter se lançado como pré-candidato. A atual gestora, Lucilene Lourenço (PSD), tem direito a reeleição. “Quando coloquei meu nome à disposição, começaram a perseguição”, afirmou. Apesar do contratempo, o parlamentar garante que o plano de disputar o Paço segue, mas não no PSD, mesma sigla da chefe do Poder Executivo. O destino ainda está em análise.