União dos Vereadores do Estado do Tocantins (Uvet) e a Câmara de Palmas planejam realizar um encontro com parlamentares dos 47 municípios que recebem os serviços de água e saneamento da BRK Ambiental. Estas cidades representam 85% da população do Tocantins. O objetivo é debater a qualidade, os subsídios e, principalmente, os valores da água e esgoto praticados pela concessionária, que tem sido alvo constante dos legislativos municipais.
Segundo informações da Uvet, a data do encontro ainda será definida, mas o objetivo é que ocorra em até 15 dias, no máximo. Presidente da entidade e vereador de Araguaína, Terciliano Gomes (PDT) ressaltou a importância da discussão sobre o assunto. “A Uvet foi provocada para este debate, em que trataremos sobre as práticas da BRK. Existem diversas particularidades dos municípios que precisam ser ouvidos, por isso é importante pontuar e elencar todas as demandas”, ponderou.
Para o vereador de Palmas Milton Neris (PP), os grandes municípios têm responsabilidade sobre os pequenos, no que diz respeito aos valores arrecadados pelos serviços prestados pela BRK. “Nossa discussão se dá pela responsabilidade que a Capital tem em relação aos demais municípios, por conta dos subsídios cruzados, além da população que precisa ter conhecimento daquilo que está pagando. O legislativo unido pode ser protagonista de um assunto que interessa toda a nossa população”, explicou o parlamentar.
O presidente da Câmara de Palmas, Marilon Barbosa (PSB), o anfitrião que conduziu a reunião, comemorou o encontro e a confluência de ideias. “Como legítimos representantes da população, temos que assumir o protagonismo desse debate, juntamente com as Casas Legislativas de cada um dos municípios impactados pela alta tarifa cobrada pela concessionária BRK Ambiental. Vamos nos mobilizar, porque juntos somos mais fortes”, enfatizou Barbosa.
Pressão
As Câmaras Miracema e Araguaína também já aprovaram comissões de inquérito para investigar o contrato dos municípios com a BRK. Gurupi está avançando neste sentido. Em Palmas, os vereadores aprovaram decreto que extinguiu dois aditivos que, segundo eles, abririam possibilidade de a empresa incluir na tarifa investimentos sem qualquer relação com o saneamento básico. (Com informações da Ascom/Câmara de Palmas)