Protagonistas do segundo turno da eleição suplementar, o senador Vicentinho Alves (PR) e o interino e governador eleito Mauro Carlesse (PHS) entregaram nesta semana o relatório final dos gastos de campanha à Justiça Eleitoral. Os números apresentados pelo parlamentar republicano o colocaram como o candidato que mais gastou no pleito, contratando R$ 4.845.928,43 em despesas. O gestor humanista ficou na terceira colocação em gastos, pagando R$ 2.758.945,50 para garantir a vitória.
Na avaliação de despesa por voto, Vicentinho Alves gastou R$ 39,75 por cada um dos 121.908 eleitores que o apoiaram no segundo turno. Já o desempenho de Mauro Carlesse fez com que cada apoio lhe custasse apenas R$ 7,48. O gestor humanista recebeu 368.553 votos na disputa com o senador republicano. Ambos os candidatos não apresentaram relatório parcial, por isso não foi possível conferir o valor do voto na primeira votação e comparar com o desempenho dos demais postulantes.
Desempenho questionado
O baixo custo do voto de Mauro Carlesse contrasta com a Ação de Investigação Eleitoral (Aije) apresentada por Vicentinho Alves contra o governador eleito. O senador acusou o gestor humanista de ter usado a máquina na campanha. A medida resultou em duas ações da Polícia Federal em órgãos estaduais. O processo corre em segredo de Justiça. “Senti, naturalmente, o peso da máquina pública. Senti demais. Era um Davi contra Golias”, afirmou o republicano logo após o fim da apuração do segundo turno.
Gastos dos candidatos
Com todas as contas apresentadas, Vicentinho Alves tomou a dianteira da senadora Kátia Abreu (PDT) como campanha mais cara da suplementar. A pedetista contratou R$ 4.180.057,61 em despesas para garantir o apoio de 90.033 eleitores no primeiro turno, o que dá R$ 46,42 por voto. Logo atrás da congressista aparece o governador eleito Mauro Carlesse.
Candidato da coligação “A Verdadeira Mudança”, Carlos Amastha passou a ficar na quarta colocação com a declaração das contas de Mauro Carlesse e Vicentinho Alves. Com despesas declaradas de R$ 2.403.256,62, o pessebista conquistou 123.103 eleitores. Na avaliação de despesa por resultado, o ex-prefeito gastou R$ 19,52 por voto recebido no primeiro turno.
Apesar do bom desempenho de Carlesse, Márlon Reis (Rede) e Marcos Souza (PRTB) ainda são os responsáveis pelos votos mais baratos da suplementar. Ambos gastaram apenas R$ 4,36 por eleitor conquistado. Entretanto, a diferença de desempenho entre os dois no primeiro turno foi enorme. O primeiro angariou 56.952 votos e ficou na quinta colocação, enquanto o segundo candidato somou o apoio de 2.794 eleitores, amargando a última colocação, com ou sem Mário Lúcio Avelar no páreo.
Outra diferença significativa entre os dois foi o investimento. A campanha do candidato do Rede Sustentabilidade declarou R$ 248.764,61 em despesas, colocando-o como a quinta campanha mais cara entre todos os candidatos. Porém, o valor é bem abaixo dos anunciados por Mauro Carlesse, Vicentinho Alves, Kátia Abreu e Carlos Amastha. Já Marcos Souza afirma ter gasto míseros R$ 12.190,00.
Abaixo o desempenho de cada candidato: