O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) era a autoridade mais esperada no velório do ex-governador José Wilson Siqueira Campos nesta quarta-feira, 5, mas chegou somente por volta das 14h45. Na entrada do Palácio Araguaia, o chefe do Poder Executivo falou com a imprensa e defendeu a mobilização frente ao maior líder político tocantinense. “Merece todas as homenagens, tanto do governo quanto do nosso povo, por tudo o que ele representou e representa historicamente para o Tocantins”, pontuou.
SERÁ SEMPRE A HISTÓRIA MAIS DENSA
Wanderlei Barbosa, que já foi adversário de Siqueira Campos, minimizou este histórico e voltou a exaltar o ex-governador do Tocantins. “Hoje não tem mais divergência ideológicas, o que existe aqui é a convergência, a compaixão de todos os tocantinenses por um homem que representou a representa muito, e que daqui a mil anos, a 5 mil anos, será sempre a história mais densa deste Estado”, afirmou. O chefe do Poder Executivo seguiu com o tema. “Todos nós tivemos oportunidade de divergir do governador Siqueira Campos em algum momento, mas todos sempre convergimos quando era relacionado ao trabalho e ao amor ao Estado, que sempre demonstrou ter”, emendou.
POR QUE NÃO DUAS HOMENAGENS?
Apesar da fala, Wanderlei Barbosa foi cauteloso ao comentar a possível proposta de renomear o Palácio Araguaia com o nome do ex-governador. O republicano reforçou que “todas as homenagens são justíssimas”, mas sugeriu uma alternativa: “Pode ser Palácio Araguaia – Governador Siqueira Campos. Estaremos homenageando uma grande bacia hidrográfica e um grande homem da história”, defendeu. O chefe do Poder Executivo estava acompanhado do pai e primeiro prefeito da Capital, Fenelon Barbosa, que também se manifestou. “É uma história que nunca vai ser apagada, vai ser lembrada por todos tocantinenses. Com certeza, é uma perda muito grande”, avaliou Fenelon.
UM VISIONÁRIO
A Coluna do CT também teve oportunidade de conversar com alguns auxiliares do atual governo, que também fizeram questão de exaltar Siqueira Campos, como Jaime Café (SD), da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagro). “Só estamos aqui por causa dele. Tem a marca dele em todos os cantos do Estado. Foi um visionário que vai ter uma importância eterna para o Estado, para nossa vida. A gente tem muito orgulho da gente ter tido uma história junto com ele”, disse. Titular da Cultura (Secul), Tião Pinheiro também falou do primeiro governador. “É um caso que merece estudo. Ele foi visionário em todos os aspectos, econômico, social, político, e, na cultura, era um dos poucos governantes que tinha esse olhar atento ao setor, mesmo antes da criação do Estado, já estava fomentando, incentivando, lançando livro no Senado Federal”, elenca.