Há quase um ano no comando do Estado, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) foi reeleito neste domingo, 2, com 58,14% dos votos válidos, com 100% das seções apuradas. Wanderlei somou 481.496 votos, a maior votação já obtida por um governador tocantinense, uma diferença de 295.135 votos em relação ao segundo colocado. A outra votação histórica foi a do ex-governador Mauro Carlesse (Agir), com 404.484 votos.
O candidato do PL, Ronaldo Dimas, ficou em segundo lugar, com 22,5% (186.361 votos); Paulo Mourão (PT) em terceiro, com 10,64% (88.143 votos); e o senador Irajá (PSD) apenas 7,61% (63.048 votos).
A candidatura de Wanderlei é resultado de outra reviravolta na gestão estadual. No ano passado, ele tinha a relação estremecida com o então governador Mauro Carlesse (Agir), que falava em lançar outro nome à sua sucessão este ano, como o ex-secretário da Fazenda Sandro Henrique Armando, e até especulava disputar, ele próprio, um terceiro mandato.
Fato é que Wanderlei, então vice-governador, estava fora dos planos de Carlesse e, assim, teria mais dificuldades para construir uma candidatura competitiva para este ano. No entanto, o inesperado mais uma vez convulsionou a política estadual. Carlesse foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça e Wanderlei ascendeu ao cargo máximo do Tocantins.
Com a renúncia do ex-governador em março, para fugir do processo de impeachment, Wanderlei assumiu o cargo em definitivo. Com habilidade, manteve em sua base quase todos os deputados estaduais e atraiu dezenas de prefeitos – na convenção dele havia 91.
No campo da gestão, anunciou o Programa de Fortalecimento da Economia e Geração de Empregos, com R$ 2 milhões por município, além de investimento forte nos distritos industriais do Estado.
Na reta final, com a campanha crescendo, começaram a surgir as ações de investigação judicial eleitoral (Aijes) da oposição – duas de Irajá (PSD), uma de Ronaldo Dimas (PL) e outra do PSB de Carlos Amastha. No entanto, a manobra não alterou a intenção do eleitor de reeleger Wanderlei.