A restrição social por isolamento forçado, em decorrência da pandemia pela Covid-19, tem potencializado os transtornos mentais como ansiedade, estresse e depressão. Diante disso, a campanha Janeiro Branco, iniciada em 2014, desperta a população para o direito e os cuidados com a saúde mental e emocional das pessoas e das instituições humanas.
Segundo o médico psiquiatra da Gerência de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Rafael Mota Balduíno dos Santos, a escolha de janeiro se dá pela particularidade do mês. “Representado simbólica e culturalmente como o primeiro mês do ano, em que as pessoas estão mais propensas a pensar em suas vidas, suas relações sociais, suas condições de existência, suas emoções e em seus sentidos existenciais. É um mês para as pessoas se sentirem inspiradas a repensar e a planejar suas próprias histórias”, destaca.
Para o especialista, é importante observar o processo de trabalho adoecedor ao qual a população está inserida. “Este trabalho é intensificado pela permanência constante de atividades laborais em home office, levando a uma sobrecarga de serviço; a instabilidade econômica em vários setores da economia nacional e mundial; aumento do desemprego; escolas fechadas para aulas presenciais e restrições de espaços de lazer induziram a população a ter seu momento de ócio e trabalho distorcidos, sem limitadores para cada atividade, causando adoecimento psíquico e emocional”, pontua.
Diante das dificuldades, Rafael Mota Balduíno dos Santos enfatiza que, “é de extrema importância a preservação da saúde mental em uma sociedade. Com isso, em âmbitos nacional e local, o acesso aos serviços da Rede de Atenção Psicossocial ofertada pelo SUS [Sistema Único de Saúde] é primordial. Nestes locais, existem profissionais especializados como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais ou assistentes sociais nos serviços como Unidades Básicas de Saúde, Caps [Centro de Atenção Psicossocial], Clínicas Especializadas em Saúde Mental e Pronto Socorros”, informa.
Atendimentos
Em todas as regiões do Tocantins, os pacientes com problemas de saúde mental recebem atendimentos como: atividade educativa/orientação em grupo; orientação em grupo na atenção especializada; visita domiciliar por técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos especialistas; consulta/atendimento domiciliar; terapia individual grupo; terapia individual; atendimento de urgência em atenção especializada; atendimento em oficina terapêutica em saúde mental; atendimento psicoterapia de grupo; atendimento familiar em centro de atenção psicossocial; ações de articulação de redes intra e intersetorial, entre outros. (Da assessoria de imprensa)