O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo. Como não há manifestação de sintomas no início, pode levar anos até que o paciente perceba que teve uma baixa na visão, podendo ser tarde demais. Por isso, a campanha Maio Verde, chama a atenção da população para essa perigosa doença ocular.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima 64 milhões de pessoas em todo planeta com alguma forma de deficiência visual ocasionada pelo glaucoma. Deste número, 6,9 milhões de indivíduos sofrem com dificuldade de visão moderada, grave ou total (cegueira), consequências das manifestações mais graves do problema. Na projeção da OMS para 2040, serão mais de 111 milhões de pessoas acometidas pelo glaucoma.
O que é o glaucoma?
Segundo a médica oftalmologista, Susan Yano, o glaucoma é caracterizado por alterações no nervo óptico que impedem a transmissão dos estímulos para o cérebro, ocasionando lesões permanentes e tem como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular.
“A maioria não apresenta sintomas, mas com o passar dos anos e se não tratado devidamente, a pessoa com glaucoma tende a ter a visão periférica prejudicada, ou seja, não enxerga as laterais, vendo somente o que está a sua frente. Em casos mais avançados a visão central também é afetada e pode evoluir para a cegueira total e irreversível”, explica a especialista Susan Yano.
O glaucoma pode ser detectado com a avaliação completa e cuidadosa do médico por meio da observação dos olhos, análise do histórico médico e familiar do paciente, listagem de sintomas e da complementação de exames oftalmológicos específicos.
Somente a medição da pressão ocular não é suficiente para o diagnóstico preciso, pois existem casos de pacientes com glaucoma e pressão do olho normal.
Desta forma, o especialista pode solicitar imagens e exames do nervo óptico, campo visual, espessura da córnea, fundo do olho, avaliação do ângulo e o que mais achar necessário.
Como é feito o tratamento?
Embora o glaucoma não possa ser totalmente curado há tratamentos para controlar a pressão ocular. O resultado dependerá do dano ao nervo óptico e tipo de glaucoma que o paciente tem.
“Para quem está em tratamento recomendamos fazer uma tabela com horários de medicação e o remédio a ser administrado, e também o uso de colírios e pílulas. Outro tratamento comum é a cirurgia de glaucoma para evitar a perda total da visão. O procedimento chamado de trabeculectomia diminui a pressão ocular e normalmente não oferece riscos ao paciente no pós-operatório”, orienta a oftalmologista, Susan Yano.
Os tratamentos não recuperam a visão perdida, mas impedem a progressão acelerada da condição e melhora consideravelmente a os sintomas mais fortes como dores de cabeça e enjoos causados pelo problema de visão. (Da assessoria de imprensa)