Por 13 votos a 2, os deputados estaduais atenderam o pedido do governador Mauro Carlesse (PHS) e rejeitaram na tarde desta quarta-feira, 31, a a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do subteto do funcionalismo estadual. Os dois únicos votos favoráveis foram de Paulo Mourão (PT) e Eduardo Siqueira Campos (DEM).
O voto que mais surpreendeu foi o de Mourão, que sempre foi um grande defensor de maior rigor fiscal do Palácio Araguaia. Ele tentou manter a votação, como estava previsto, para semana que vem, a partir do requerimento para adiar do autor da PEC, Nilton Franco (MDB). Segundo o petista, o colega está fora para acompanhar uma cirurgia da esposa e não haveria porquê votar a proposta nesta quarta.
Ele ainda sugeriu que o governador estava impondo a agenda à AL, por conta do pedido feito aos deputados no almoço para que a PEC fosse posta em votação nesta tarde. “Voto a favor do funcionalismo porque não admito governo vir aqui mandar e dizer como devo votar”, discursou após a derrubada da matéria.
O deputado Stálin Bucar (PR) reagiu e disse que não foi esse o pedido de Carlesse. Segundo ele, o governador mostrou preocupação com a situação fiscal do Estado e pediu a votação. “Mas não interferiu no voto dos deputados. Cada um poderia votar como quisesse”, defendeu Stalin.
Mourão ironizou o fato de vários colegas terem mudando de posição em relação a essa PEC. “Mudaram e mudaram bastante o conceito que tinham de Estado”, disse o parlamentar.