Alan Sales Borges, 36 anos, acusado de executar em 2016 o empresário Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, o Wencin, dono de uma rede de postos de combustíveis em Porto Nacional e região, vai a júri popular na segunda-feira, 19. Segundo informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), o julgamento está marcado para 9 horas, no Fórum de Porto Nacional.
O suspeito se encontra preso na está na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), conforme informou ao CT, a Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça do Tocantins (Seciju). A decisão de levar o acusado a júri popular foi proferida no dia 26 de fevereiro do ano passado e atendeu aos pedidos do Ministério Público Estadual (MPE).
Outro suspeito de envolvimento no crime, José Marcos de Lima, também iria a júri popular, mas foi morto asfixiado em março de 2017, na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Palmas. Após o crime, Alan foi transferido para o Presídio Barra da Grota.
Conforme investigações da Polícia Civil, o mandante do assassinato do empresário seria o ex-presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto), Eduardo Pereira (Duda). Ele, porém, nega as acusações.
Duda, que também é empresário do ramo de combustíveis, chegou a ser preso em agosto do ano passado, após ficar quatro meses foragido. Mas com uma liminar do Tribunal de Justiça, concedida em setembro de 2017, ele passou a responder o processo em liberdade.
Crime
Wencin faleceu no dia 14 de fevereiro de 2016, aos 77 anos. O empresário ficou internado por 17 dias, após ser atingido com um tiro de espingarda no dia 28 de janeiro do mesmo ano, em frente à Câmara de Porto Nacional.
De acordo com as investigações, os suspeitos conduziam um gol prata e estacionaram próximo à Câmara de Vereadores. Alan dirigiu-se até a residência da vítima, nas mediações, e aproveitando-se da ocasião em que Wenceslau saía de casa, por volta das 6h15, disparou a arma e o atingiu na região do pescoço.
Em seguida, o acusado jogou a arma no chão e correu ao encontro de José Marcos, que lhe aguardava. Os dois fugiram da cidade, no sentido Palmas, sendo abordados e presos em flagrante pela Polícia Militar, na rodovia TO-050. A polícia disse que um deles chegou a confessar a participação no crime.
O crime teria sido motivado, segundo o Ministério Público Estadual, por interesses financeiros, já que o empresário estava instalando um posto de combustíveis em Palmas, onde praticaria preços inferiores aos de seus concorrentes, entre os quais está o empresário Eduardo Pereira, acusado de ser o mandante do assassinato.