A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), com o apoio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), conclui nesta sexta-feira, 4, o mapeamento de sítios de aves migratórias na região centro-norte da Ilha do Bananal. Em maio deste ano, a ação foi realizada no Parque do Cantão. O Tocantins é livre da Influenza Aviária (IA), mas o Brasil já registrou 166 focos da doença.
SÍTIOS DE DESCANSO
Ilha do Bananal e Parque do Cantão estão catalogados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), como sítios de descanso para aves migratórias. “Esses lugares formam uma região propícia para que essas aves façam paradas durante a migração, seja para se alimentar ou reproduzir. Nesses locais também já foram avistadas algumas aves migratórias pelo ICMBio”, afirmou o gerente de sanidade animal, Sérgio Liocádio.
COMUNIDADE TAMBÉM RECEBE ORIENTAÇÕES
Responsável técnica pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola da Adapec (PESA), Mariana Teles explica como é feito o trabalho. “Na Ilha, estamos realizando vigilância ativa, geolocalização, cadastro de sítios de aves migratórias (corpos de água), e se necessário, coleta para suspeita da enfermidade se encontrarmos aves apresentando sintomas. Além disso, prestando orientações às comunidades e inspecionando as aves de subsistência. Com isso, teremos um banco de dados para uma tomada de decisão mais embasada e precisa”, afirma.
TOCANTINS É ROTA
Além dos dois sítios de aves migratórias, o Estado é cortado por rotas dessas aves, chamada rota Brasil Central, que passa ao longo dos Rios Araguaia e Tocantins. Os trabalhos de mapeamento fazem parte da meta compulsória do convênio firmado com Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e conta com a presença da Superintendência Federal da Agricultura-SFA/TO.
INFLUENZA AVIÁRIA
A influenza aviária (H5N1) de alta patogenicidade (IAAP) é altamente contagiosa e afeta aves, podendo ser transmitida ao homem. Desde o primeiro caso da doença registrado no Brasil, a Adapec intensificou as medidas preventivas: treinamento de equipes, reuniões técnicas com instituições públicas e privadas, vigilâncias ativas em locais considerados de maior risco e atendimento às notificações. Além disso, tem decreto vigente de emergência zoossanitária, de acordo com as medidas do Mapa, objetivando colaborar com a segurança da sanidade do plantel avícola e da saúde pública.