A Associação de Praças Bombeiros Militares (APBM) reagiu por meio de nota nesta quinta-feira, 3, ao posicionamento da Associação de Mulheres Policiais do Tocantins (AMP), entidade que apresentou à imprensa denúncias de assédio sexual e moral na corporação. No texto, a APBM cita posicionamento contraditório da AMP por defender “publicamente um agressor de mulheres”.
O presidente da APBM, Geanderson Barbosa Cardoso, faz referência ao major Marcelo Marinho de Mello, presidente da Associação dos Bombeiros Militares (ABM-TO), que apoiou a divulgação dos dados da pesquisa sobre assédio moral e sexual na corporação. Segundo a ABPM, ele foi condenado “por prática de violência doméstica” contra a ex-esposa em primeira instância.
Junto com a Federação das Associações das Praças Militares (FRASPA), a AMP tratou da defesa de Marcelo Marinho no indiciamento aberto contra ele pelo Comando do Corpo dos Bombeiros em uma reunião no Ministério Público, conforme divulgado pela própria assessoria da entidade. É este episódio que a APBM se refere como “defesa pública”.
“Que grande contradição! Um agressor de mulheres protegido por uma associação [AMP] que deveria lutar pelo interesse e proteção das mulheres. Pelo que parece, ou esta associação quer ignorar a verdade, ou assim como [Marcelo] Marinho, tem sido motivada por interesses pessoais e está pouco preocupada com a defesa real de seus associados”, dispara a nota da APBM.
Estranheza
Em breve nota, a assessoria afirma que Marcelo Marinho viu com “estranheza” a divulgação de processo “que corre em segredo de justiça”. “Trata-se de divórcio e pedido de guarda de menor que tramita no Tribunal de Justiça do Tocantins, não tendo nenhuma relação com casos de assédio sexual”, reforça ainda na breve manifestação.
Leia abaixo a íntegra das notas:
“ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO ÀS MULHERES DEFENDE AGRESSOR
A Associação de Mulheres Policiais do Tocantins (AMP-TO), pasmem, tem defendido publicamente um agressor de mulheres.
Trata-se do major do Corpo de Bombeiros Militar, Marcelo Marinho, presidente da Associação de Bombeiros, que tem, contraditoriamente, junto com a AMP-TO causado polêmicas, denunciando supostos casos de assédio contra mulheres.
Marinho foi condenado em primeira instância por prática de violência doméstica contra sua ex-esposa. O processo corre junto ao Juízo da Especializada no Combate à Violência Contra a Mulher de Araguaína-TO.
A Associação de Mulheres Policiais do Tocantins (AMP-TO) tem estranhamente manifestado total apoio ao major.
Que grande contradição! Um agressor de mulheres protegido por uma Associação que deveria lutar pelo interesse e proteção das mulheres.
Pelo que parece, ou esta Associação quer ignorar a verdade, ou assim como Marinho, tem sido motivada por interesses pessoais e está pouco preocupada com a defesa real de seus associados.”
Leia a manifestação da ABM
“NOTA AO PORTAL CT
Para o presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Tocantins (ABM-TO), Marcelo Marinho de Mello causa estranheza a divulgação do processo, de 2016, que corre em segredo de justiça. Trata-se de um processo de divórcio e pedido de guarda de menor que tramita no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), não tendo nenhuma relação com casos de assédio sexual”