O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira, 23, novos dados do Censo Demográfico. Desta vez índices de saneamento e esgotamento sanitário foram apresentados. Conforme o novo levantamento, apenas 28,4% da população do Tocantins morava em domicílios conectados à rede de coleta de esgoto, em 2022. Comparado a 2010, que registrou índice de 12,5%, houve aumento, mas 751 mil pessoas, quase metade da população, ainda usavam recursos precários de esgotamento sanitário.
TIDOS DE REDE
Considerando as três formas adequadas de esgotamento sanitário segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), os dados revelam que as duas soluções mais comuns no Tocantins eram “rede geral ou pluvial” (26,4%) e “fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede” (21,7%). “Fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede” representou 2,0%.
ESGOTAMENTO PRECÁRIO
No Tocantins, predominam soluções de esgotamento sanitário precárias. A “fossa rudimentar ou buraco” era a forma utilizada por 46,7% da população. Na sequência aparecem as categorias esgotamento por “outra forma” (0,79%), esgotamento por “vala” (0,47%) e esgotamento diretamente em “rio, lago, córrego ou mar” (0,08%). De acordo com os dados, 1,83% da população residia em domicílios sem banheiro ou sanitário e, portanto, não possuía nenhum tipo de esgotamento.
COMPARAÇÃO
Na comparação entre 2010 e 2022, todas as unidades da federação registraram crescimento da proporção da população residindo em domicílios com coleta de esgoto por rede ou fossa séptica. Tocantins (50,1%) registrou o nono menor percentual no ranking nacional. Entretanto, na comparação regional, o estado apresentou o segundo melhor resultado, perdendo apenas para Roraima (69,5%).
ABASTECIMENTO
A divulgação do Censo 2022 também apresenta resultados quanto à principal forma de abastecimento de água dos domicílios no Brasil. A “rede geral de distribuição” apareceu em cerca de 420 mil domicílios tocantinenses, onde residiam 1.231.602 pessoas (81,8% da população). Esse percentual é superior à ocorrência da opção registrada no Censo Demográfico de 2010 (78,3%), em que pese alterações realizadas no questionário para tornar mais rigorosa a classificação.
POÇOS E FONTES
“Poço profundo ou artesiano” foi a segunda forma principal de abastecimento, para 8,7% da população tocantinense. Na sequência, aparecem “poço raso, freático ou cacimba” (5,5%) e “fonte, nascente ou mina” (2%). Em conjunto, essas quatro formas, consideradas adequadas para fins de monitoramento do Plano Nacional de Saneamento Básico, atendiam 98% dos moradores do Tocantins em 2022. Com menor ocorrência, a população no Tocantins utilizava abastecimento por “rios, açudes, córregos, lagos e igarapés” (1,52%), “água da chuva armazenada” (0,12%) e “carro-pipa” (0,11%). Um conjunto de 0,26% dos tocantinenses utilizavam principalmente formas de abastecimento que não se encaixavam nas opções do questionário.