O presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Cledson da Rocha Lima, recebeu nesta quinta-feira, 3, os representantes da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (Aproest) para tratar da suspensão da captação de água da Bacia do Rio Formoso entre junho e setembro deste ano, determinada por decisão judicial. O encontro aconteceu no mesmo dia em que a entidade emitiu uma nota para cobrar do governo estadual o envio de um plano de sustentabilidade que reverta a determinação do Poder Judiciário.
EQUILÍBRIO JÁ EXISTENTE
Durante a reunião, a elaboração deste plano de ação foi debatida. O documento é exigido pela Justiça até o dia 30 deste mês, para reforçar o equilíbrio entre a sustentabilidade da Bacia do Rio Formoso e a continuidade da produção agrícola, que a Aproest defende já ser existente.
DECISÃO NOS DESAFIA A APRIMORAR PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
O presidente da associação, Wagno Milhomem, reforçou a necessidade de um diálogo eficaz. “A decisão judicial nos desafia a aprimorar cada vez mais nossas práticas sustentáveis. Os produtores rurais da região sempre se comprometeram com o uso responsável da água, investindo em tecnologia e seguindo diretrizes ambientais. No entanto, é fundamental que o poder público estruture seus órgãos para uma gestão hídrica eficiente”, afirmou por meio da assessoria. A entidade entende que suspensão das outorgas pode comprometer a safra e gerar impactos econômicos e sociais significativos.
NATURATINS ABERTO AO DIÁLOGO E COMPROMEtiDO
À assessoria da Aproest, Cledson Lima destacou que o órgão está aberto ao diálogo e comprometido em buscar soluções que conciliem a preservação dos recursos hídricos com o desenvolvimento da região. Na ocasião, Wagno Milhomem elogiou a nova gestão do Naturatins. “Acreditamos que, com esse novo modelo de gestão, poderemos alinhar soluções que equilibrem as necessidades da agricultura irrigada com a preservação ambiental, garantindo segurança jurídica aos produtores e assegurando o desenvolvimento sustentável da região”, reforçou.
DIÁLOGO INICIADO
As partes envolvidas na elaboração do plano de ação estão confiantes de que o diálogo técnico iniciado será essencial para que, no máximo em 10 dias, o trabalho esteja concluído e possa ser apresentado à Justiça, com os argumentos necessários para propor a reforma da decisão e garantir o cultivo da segunda safra, principalmente de soja para sementes.