Atual presidente da seccional tocantinense da Ordem dos Advogados do Brasil e candidato à reeleição, Gedeon Pitaluga resolveu comentar a união da oposição. Rita Rocha abriu mão da disputa pela presidência da entidade e anunciou na sexta-feira, 28, apoio a Ester Nogueira. O atual mandatário afirma que já esperava a aglutinação das chapas adversárias alegando que ambas carregam “semelhanças muito fortes”. “O cabresto de políticos, as interferências claras de partidos políticos, a proximidade velada de instituições que querem uma OAB subserviente e omissa”, disparou por meio da assessoria de imprensa.
Abraço para atuar contra a advocacia e em favor de políticos
Gedeon Pitaluga seguiu com um tom bem crítico contra a oposição. “Acho normal que o período eleitoral seja repleto de discussões e polêmicas de lado a lado. É normal também que pessoas que pensam diferente de nós se unam, num esforço para tentar nos derrotar, num vale tudo pelo poder. O que não é normal é que grupos se reúnam e se abracem em busca da representação da OAB para atuar contra a advocacia e em favor de políticos e instituições que querem uma Ordem subserviente e omissa na defesa do advogado e da advogada tocantinense”, repetiu. ]
Interesses partidários não podem interferir na eleição da Ordem
O atual presidente da seccional alega que existe uma tentativa de interferência de políticos e organizações na OAB por meio de candidaturas de oposição. “A eleição de Ordem é um processo político, mas é um político classista, para a advocacia. Ele não pode ser um projeto político que se define dentro de interesses partidários ou de qualquer outro. Mas pior ainda é quando aqueles que buscam representar a advocacia se reúnam com outras autoridades, com outras conveniências, com outras instituições e órgãos que atuam contra a advocacia ou contra os princípios e valores da advocacia. A OAB de forma alguma vai ficar de cócoras para qualquer outra instituição ou interesse”, acrescentou.
Entenda
Gedeon Pitaluga sobe o tom contra a oposição após ser alvo de denúncia da Procuradoria Geral de República (PGR), fato que foi o principal argumento para que Ester Nogueira e Rita Rocha se unissem. O atual presidente já enfrenta uma condenação na primeira instância da Justiça Federal por peculato. Agora a acusação da PGR é por lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa.