Araguaína ganhou, a seu modo, um hospital de campanha. Não o tradicional, utilizado pelo Exército, de montagem provisória, como os que foram colocados no Maracanã, no Rio, e no Anhembi, em São Paulo. Na cidade tocantinense é o que se chamou inicialmente de Unidade Corona Norte, que agora foi batizado de Hospital Municipal de Campanha (HMC).
Quatro respiradores
A unidade, para atendimento a pacientes da Covid-19, recebeu na segunda-feira, 25, quatro dos dez respiradores destinados pelo senador Eduardo Gomes (MDB). No mesmo dia, os aparelhos começaram a ser instalados e estão disponíveis para uso desde essa quarta-feira, 27.
Doação do suplente de Gomes
Os respiradores são doação privada do suplente de Gomes, o empresário Ogari Pacheco, e destinados a Araguaína por articulação do senador. Conforma a prefeitura, são aparelhos do tipo Respirador de Transporte, ventilador/reanimador pulmonar, que realizam o controle de fluxos e pressões no circuito respiratório do paciente para prover as modalidades de ventilação adequadas para sua condição.
Meta é ampliar atendimento
O prefeito Ronaldo Dimas (Podemos) disse que sua meta é ampliar a capacidade de atendimento do Hospital de Campanha, que garantiu ser referência para outros municípios da região. “A unidade conta, nessa fase inicial, com 20 leitos, entrando gradativamente em operação para aprimoramento da equipe, até chegarmos a 40 leitos, disponíveis para o Tocantins e principalmente para os araguainenses”, comentou Dimas.
O 1º do Tocantins
A prefeitura gaba-se de ter conseguido colocar o que considera o Hospital de Campanha do Tocantins, que recebe pacientes em estado de leve a moderado da doença, transferidos da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA 24h). Segundo o município, a unidade conta com todo atendimento necessário para internação clínica do paciente, dispondo agora de seis respiradores para a estabilização em caso de evolução da doença para o estado grave, possibilitando ser transferido para outra unidade.
Cerca de 100 profissionais
Com uma média de 100 profissionais em atuação, entre eles médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, farmacêuticos, bioquímicos, entre outros, o local dispõe também dos serviços de alimentação dos pacientes e colaboradores, de limpeza, lavanderia, segurança, laboratório e exames de eletrocardiograma, raio-x e ultrassom.
Custo de R$ 750 mil/mês
A Prefeitura disse ter investido inicialmente no HMC, entre reforma, modificação e adaptação do prédio, cerca de R$ 950 mil para implantação de 20 leitos. O município revelou que, para manter a unidade funcionando, a previsão é de que serão gastos R$ 750 mil por mês, em média.
Apoio dos vizinhos
Para instalar seu Hospital de Campanha, Araguaina contou com o apoio, no empréstimo de equipamentos, das Prefeituras de Colinas, Goiatins, Campos Lindos e Wanderlândia, além da colaboração do Grupo Nosso Lar, com a doação de R$ 350 mil, e da emenda parlamentar do deputado federal Tiago Dimas (SD).
Sem verba
O Estado chegou a anunciar uma unidade de hospital de campanha tradicional para Araguaína, que teria 50 leitos, como a de Gurupi, e outros 100 para Palmas. No entanto, ao custo de R$ 13 milhões mensais para manter, o governo do Tocantins afirmou que não recursos para o projeto, a não ser que a União e emendas parlamentares forem colocados. (Com informações da Assessoria de Imprensa)