O assassinato do então prefeito de Miracema do Tocantins, Moisés Costa, o Moisés da Sercon, completa no domingo, 30, dois anos e a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP) ainda não elucidou o crime. Diante deste cenário, a família do político eleito com a maior vitória proporcional das eleições municipais de 2016 prepara uma ação nas redes sociais para cobrar resposta, com um lançamento de um documentário. Uma audiência também com a SSP também está marcada para terça-feira, 1º, para tratar da situação das investigações.
Falta suporte da SSP
Irmão de Moisés e porta-voz da família, Fidel Costa relata que nestes dois anos de espera, o sentimento da família é de dor, angústia, revolta e desesperança nos órgãos. “Acompanhando de perto as investigações temos visto o empenho dos delegados e investigadores que têm se debruçado sobre o caso, fazendo o que podem para desvendar o misterioso assassinato do Moisés. Porém, falta suporte necessário com estrutura, material humano e tecnológico. Essa postura da gestão da SSP é vergonhosa”, desabafa.
Ações de protesto
A família e a população vêm fazendo manifestações por justiça ao longo destes dois anos. Os familiares já estiveram no Ministério da Justiça, em Brasília, na sede da Polícia Federal, no Ministério Público e por repetidas vezes na SSP. Conforme Fidel, a secretaria deu esperanças no início, mas foi enfraquecendo a investigação com o passar do tempo, fato identificado no afastamento de investigadores do caso sem explicações, desfalcando a equipe que já era pequena, na falta de apoio à investigação e na não realização de uma força tarefa que chegou a ser solicitada.
Falta vontade
Fidel Costa segue o desabafo cobrando o fim do “descaso” e sugerindo motivações políticas no crime. “Dois anos é muito tempo, o que falta é vontade por parte do estado, através da SSP, para resolver o caso e dar uma resposta não só para a família e população de Miracema, mas para o Tocantins inteiro, que aguarda pelo desfecho deste crime cruel, covarde, arquitetado, planejado para tirar o Moisés do caminho de alguém cuja inveja, ódio e ganância são maiores que o temor a Deus. Nunca acusamos ninguém, mas acreditamos que o crime tenha sido motivado por questões políticas, pois o Moisés não tinha inimigos, era pacífico, uma pessoa do bem, amado pela família e pela população que o elegeu democraticamente”, finaliza.
Confira abaixo o documentário sobre o assassinato de Moisés feito pela família: