A temporada de praias do Tocantins, que terminou nesse final de semana, também sofreu o impacto da instabilidade política gerada em razão da cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), em março, e da consequente realização da eleição suplementar em junho. De acordo com o presidente da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM) e prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano, as prefeituras tiveram que buscar alternativas para driblar a falta de liberação de emendas para as praias. No entanto, ele acredita que o fluxo de turista se manteve positivo.
O governador Mauro Carlesse (PHS) ficou impedido de autorizar a liberação de emendas em obediência a decisão judicial, que determinou uma série de proibições.
Em maio deste ano, por determinação da Justiça, a Polícia Federal (PF) chegou a cumprir mandados de busca e apreensão no governo do Estado. A suspeita era de que Carlesse, à época, ainda interino no comando do Palácio, havia liberado emendas para projetos culturais poucos dias antes do primeiro turno da eleição suplementar.
Segundo Jairo Mariano, as prefeituras tiveram prejuízos com relação à falta de liberação de recursos. “Em função do atendimento aos prazos estipulados pela Justiça e do impedimento da transferência de recursos para investimentos na temporada de praias no Estado, as prefeituras tiveram que diminuir as suas estruturas e buscar alternativas para manter os turistas. Entre elas, estavam programações esportivas que não necessitavam dos recursos das emendas”, afirmou.
Ele ressaltou, ainda, que os turistas que buscavam mais programações culturais migraram para as praias maiores. “Por isso, o Tocantins não perdeu turistas. Puderam optar por praias com mais atividades”, contou.
Para Jairo, apensar de as políticas públicas ainda serem tímidas, o turismo no Estado ainda está em ascensão. “Consideramos que o retorno dos investimentos é garantido. Como o Tocantins tem mais de 70 praias que são desenvolvidas pelos municípios e outras riquezas naturais, ele ainda continua recebendo muitos turistas”, disse.
Investimentos
Para não depender apenas dos recursos públicos, o presidente frisou a necessidade dos municípios também buscarem parcerias de iniciativas privadas. “Neste ano tivemos alguns exemplos de empresas que investiram nas nossas praias e que deu certo”, contou. Por outro lado, os investimentos públicos também devem ser direcionados para a capacitação de pessoal. “Assim, teremos um melhor aproveitamento dos recursos e qualidade nas nossas praias”, afirmou.